Desde o golpe de Estado de 2016 a cultura está sob constante ataque da burguesia nacional e do imperialismo, o governo Temer tentou e Bolsonaro conseguiu destruir o Ministério da Cultura o transformando em uma secretaria dentro do Ministério da Cidadania. Depois disso indicou um nazista como secretário, Roberto Alvim, mas ao perceber que escancarar a ideologia política do governo não era uma atitude sábia, Alvim então foi trocado por Regina Duarte, uma fascista menos exaltada porém com a mesma política de destruição da cultura.
As condições dos artistas que já eram péssimas com a chegada do covid-19 se tornaram ainda piores, com a proibição das aglomerações a maior parte deles perdeu sua fonte de renda. De acordo com a presidenta da Sociedade dos Forrozeiros, Tereza Accioly, muitos deles nem se enquadram nas exigências do governo para receber os ínfimos 600 reais. Por isso em Pernambuco foi lançado um documento de reivindicações para o governo assinado por mais de 450 artistas e 30 instituições, a carta foi entregue ao secretário de cultura do estado e possui 18 pontos, dentre eles:
– Renda emergencial para todos os artistas por 3 a 6 meses utilizando os recursos dos ciclos interrompidos pelo covid-19
-Pagamento imediato dos cachês integrais de carnaval e dos empenhos referentes à cultura
-Editais simplificados do Governo do Estado e da Prefeitura de Recife para um festival virtual, apresentações e oficinas, com todas as linguagens, utilizando recursos dos ciclos interrompidos pelo covid-19
-Suspensão de cobrança de taxas municipais e estaduais para todos os profissionais da cultura, enquanto durar o decreto de calamidade pública no estado de Pernambuco
-Criação de um Grupo de Trabalho entre o poder público e a sociedade civil para acompanhar as ações durante a crise.
Os artista tomam a iniciativa, pequena porém correta, de se organizar e demandar do governo o que lhes é de direito, o exemplo deve ser seguido por toda a sociedade, desde conselhos de bairro até organizações estudantis e sindicatos. É necessário se organizar e se mobilizar para que os capitalistas paguem pela crise econômica e da saúde. Nada virá do governo golpista de Bolsonaro, que pretende matar milhares de pessoas de doença e de fome para salvar apenas os capitalistas, somente a luta do povo pode garantir que as medidas necessárias sejam tomadas.