No último dia 23 de novembro, em todo o país, os trabalhadores do Bradesco realizaram atos contra a ofensiva reacionária da direção da empresa que, aumentou os seus lucros, mesmo em tempos de pandemia, às custas da superexploração dos seus funcionários e, principalmente, contra a política de demissão em massa, que já jogou no olho da rua milhares de trabalhadores.
Os números das demissões no Bradesco impressionam. Em 2017 o banco contava com 109.922 funcionários nos seus quadros e, hoje, conta com apenas 88.687, ou seja, nesses últimos quatro anos foram demitidos 21.235 trabalhadores.
Nos últimos 12 meses, o Bradesco fechou 8.198 postos de trabalho (saldo das demissões menos as contratações), como fechamento de 765 agências e 120 postos de atendimento. Além disso, mais de uma dezena de milhar de trabalhadores, demitidos ao longo dos últimos dois anos, foram realizadas quebrando acordo feito em mesa de negociação com as entidades representativas dos bancários em não demitir enquanto durasse a pandemia do Covid-19, o que demonstra que acordo para banqueiros com os sindicatos da categoria é só para inglês ver.
Em contrapartida a tudo isso, o Bradesco teve um crescimento no seu lucro de 58,5% neste ano, em comparação ao mesmo período do ano passado.
Os funcionários, além de sofrerem todo o tipo de arbitrariedades: pressões, ameaças, assédio moral, por parte dos chefetes de plantão, para cumprirem metas de venda de produtos, convivem com o fantasma das demissões rondando as suas cabeças.
O lucro do banco, versus o número gigantesco de demissões, não deixa dúvida de que as demissões são um dos recursos utilizados pelos banqueiros para aumentar, ainda mais, os seus lucros.
Há uma ofensiva gigantesca dos banqueiros à categoria bancária. Com o golpe, em que os banqueiros nacionais e internacionais estiveram entre os grandes financiadores, se aumentou estratosfericamente a política de ataques para que os bancos lucrem cada vez mais através da superexploração e da miséria da categoria bancária.
Os trabalhadores do Bradesco, e os bancários em geral (essa política não é exclusiva do Bradesco), não devem aceitar esses ataques e, através das suas organizações sindicais, devem organizar, imediatamente, uma verdadeira mobilização para barrar a ofensiva reacionária dos banqueiros, que tenha entre as suas palavras de ordens principais: fora governo dos banqueiros, fora governo genocida, ou seja, Fora Bolsonaro e todos os golpistas; Lula Presidente – Por um governo dos trabalhadores.