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Coronavírus

Paes mostra como funciona o combate à pandemia dos científicos

Os governadores e prefeitos da direita "científica", "democrática" e "civilizada" fazem demagogia contra Bolsonaro, porém são tão genocidas quanto ele.

Os governadores e prefeitos da direita auto-declarada “científica”, “civilizada” e “antinegacionista”, que procuram se contrapor no discurso ao presidente fascista Jair Bolsonaro (ex-PSL, sem partido), demonstram a mesma incompetência na hora de combater de verdade a pandemia do coronavírus.

A cidade do Rio de Janeiro, sob administração de Eduardo Paes (DEM), foi a segunda capital do País que mais desempregou nos setores de bares e restaurantes neste período de pandemia. Dezesseis mil pessoas perderam emprego na capital fluminense, num quadro total de 24 mil no estado. Somente São Paulo, governador por João Doria (PSDB), apresentou números piores.

Conforme o presidente do Sindicato dos Bares e Restaurantes do Rio de Janeiro (SindRio), Fernando Blower, as dificuldades no setor impactam 100 mil pessoas. Ao redor de 30% dos bares e restaurantes fecharam no Rio.

No que tange às falências, cinco mil empresas fecharam suas portas no estado, três mil somente na capital. A Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel-RJ) disse que não viu iniciativas dos poderes públicos para enfrentar a difícil situação que atinge o comércio. Pedro Hermeto, presidente da entidade, chama a atenção sobre a inércia dos governos: “Se o poder público não tomar iniciativas, continuaremos a ter falências e ver o Rio perder postos de trabalho e lugar amplamente identificados com a cultura da cidade”.

A situação sanitária do Rio de Janeiro, a segunda unidade federativa mais rica do país, se deteriora a cada dia. Desde o início da pandemia, são 721 mil casos confirmados e 42.634 óbitos de acordo com os dados oficiais. Há de se considerar que estes dados são subnotificados e manipulados pelas autoridades, o que aponta para um quadro muito mais grave. Nas últimas 24 horas, foram 272 novas mortes e 4.646 novas infecções. Os governos Cláudio Castro (PSC) e Eduardo Paes (DEM), ambos do bloco político golpista, se mostraram incapazes de enfrentar a doença e proteger a economia em suas respectivas administrações.

Por sua vez, o estado de São Paulo é a unidade federativa que apresenta a situação mais catastrófica. Este é também o epicentro continental e até mundial da doença. Os dados demonstram 2,81 milhões de infecções e 91.673 mortes oficiais. O Partido da Social-Democracia Brasileira (PSDB) domina o governo estadual há trinta anos ininterruptos. São Paulo, cuja burguesia é mais forte, é um laboratório de implementação das políticas neoliberais. O nível de dilapidação do poder público, transformado em um mecanismo de acumulação de capital para os grandes capitalistas nacionais e, sobretudo internacionais, é um resultado direto das políticas do partido governante diretamente vinculado ao imperialismo.

No Rio e em São Paulo, os políticos burgueses na liderança dos governos estaduais e municipais foram capazes de aprovar uma legislação repressiva contra a população, colocar o aparelho repressivo para multar cidadãos e comerciantes, instituir vigilância e repressão às atividades de lazer nas praias e ruas e decretar lockdowns que mais se assemelham com a decretação de Estado de Sítio. Além disso, nenhuma medida de amparo à população trabalhadora e aos pequenos e médios comerciantes foi tomada, no sentido de dar as condições materiais para um verdadeiro isolamento social e prevenir as demissões e falências.

A manobra política foi a de implementar medidas draconianas absolutamente ineficazes, para assim ter um motivo para culpar o povo pela falta de êxito – ou de política concreta- na questão do combate à pandemia. Os “científicos” são duros na crítica demagógica à Jair Bolsonaro, mas se mostram igualmente incompetentes e incapazes de combater a pandemia.

A essência da política dos governos dos partidos políticos da direita “científica”, “civilizada” e “anti negacionista” (PSDB, DEM, MDB, PTB, PSL, Republicanos, Progressistas, PL) é a mesma de Jair Bolsonaro, que se sintetiza na frase: “deixar morrer quem tiver que morrer”. Todas as medidas tomadas visavam passar a impressão de que algo estava sendo feito, com a finalidade de ocultar a realidade. No fim, tratava-se e continua se tratando de não abrir os cofres públicos para investir no Sistema Único de saúde (SUS), contratar médicos e enfermeiros, abrir leitos de UTIs e proporcionar condições financeiras para o isolamento social.

O comprometimento com os bancos é a prioridade número um desses governos, bem como da administração de Jair Bolsonaro. Para isso, a política de austeridade fiscal deve ser mantida, mesmo que signifique a morte de milhares de brasileiros diariamente. Os bancos e grandes capitalistas não aceitam perder um centavo mesmo no período de catástrofe social. A manutenção de congelamento de investimentos públicos e teto de gastos é sagrada.

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