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Desigualdade

No Rio de Janeiro, negros representam 70% dos desempregados

Na crise, a burguesia acentua a exploração contra todo o conjunto do povo e, com especial brutalidade, contra os mais oprimidos.

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Uma pesquisa realizada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) apontou que o número de desempregados no Rio de Janeiro ultrapassou 1,5 milhão de pessoas durante o segundo trimestre de 2021. Na conta do que o instituto considera como “desemprego”, não contam as pessoas que possuem um “sub-emprego” (sem carteira assinada), nem as que desistiram de procurar emprego – ou seja, é apenas um corte do total real de desempregados e, mesmo assim, já está na casa de 1,5 milhão em números oficiais!

De acordo com pesquisa do PNAD (2019), o Rio de Janeiro tem 54% da sua população negra; enquanto, de acordo com outra pesquisa do IBGE (2020), o número de desempregados é composto de 67,5% de negros. Isto é, apesar de representarem a metade dos habitantes, os negros são maioria absoluta entre os desempregados.

Além disso, também foi a população negra a que mais sofreu com a crise do coronavírus – os índices de morte são mais elevados dentre os negros se comparados aos índices entre brancos. Em São Paulo, o índice de óbitos era de 172/100.000 entre os negros e 115/100.000 entre os brancos, índice que se reflete também no Rio de Janeiro e a nível nacional.

Esses dados apenas refletem a situação degradante a que a burguesia submete o povo em tempos de crise: enquanto a totalidade do povo trabalhador é atacada, os setores mais oprimidos – mulheres, negros, etc. – sofrem com ainda mais intensidade, é contra eles que a crise capitalista ataca com mais virulência. Tudo isso é feito para garantir o lucro dos grandes empresários, que não suportam a ideia de ficar por um segundo sequer sem esfolar os trabalhadores.

Os negros sofrem especialmente com o desemprego e, agora, com a crise do COVID-19. Foram eles que, em sua maioria, não tiveram a oportunidade de “ficar em casa” e foram jogados ao trabalho, sendo obrigados a enfrentar transporte público lotado para tal. Deixando de contar uma pequena parcela da população, que corresponde a uma classe média, todo o conjunto do povo foi forçado a sair de casa durante a pandemia, estando expostos ao vírus e, agora, sofrem com as consequências da falta de luta da esquerda – o desemprego é um dos exemplos.

A direita bradava “fique em casa” e tal chamado ao imobilismo ecoava nas mentes ocas da direção da esquerda pequeno-burguesa: com isso, paralisaram toda a atividade dos trabalhadores e jogaram o conjunto do povo à sua própria sorte. O resultado é a autonomia que Bolsonaro e a direita tradicional sentiram para pôr em marcha sua série de ataques ao patrimônio nacional, com privatizações, e aos direitos trabalhistas.

É preciso entender quem são os responsáveis pela crise capitalista: a burguesia, os patrões. E, para resguardar as posições da classe operária, para defender os direitos trabalhistas; para derrubar Bolsonaro, tornar Lula presidente e erigir um governo dos trabalhadores, é necessário mobilizar o povo, dar seguimento à luta contra o Capital e, portanto, contra o golpe de Estado.

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