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Por um plano de ocupações de terra para derrotar Bolsonaro

 

O golpista Lauro Jardim, que possui sua coluna do jornal oficial do golpe de Estado e da direita fascista O Globo, escreveu de maneira irônica “onde anda o exército de Stédile”, em referência a liderança do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-terra (MST).

O ataque do jornalista capacho dos golpistas é mais uma tentativa de desmoralizar a luta pela terra e a força dos trabalhadores do campo. Desde o início de seu mandato, Bolsonaro colocou como meta atacar a luta pela terra e seus movimentos sociais, em especial o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-terra (MST), para evitar um levante contra suas medidas entreguistas e de ataque aos direitos da população trabalhadora.

Para entregar os assentamentos, terras indígenas, territórios quilombolas e unidades de conservação para madeireiras, latifundiários e mineradoras, a direita colocou um plano de estrangulamento dos trabalhadores do campo e dos movimentos de luta pela terra.

Uma primeira medida foi colocar militares bolsonaristas e representantes do latifúndio em todos os órgãos responsáveis pelas políticas públicas desses setores, como o Instituto de Colonização e Reforma Agrária (Incra), Fundação Nacional do Índio (Funai), extinção do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), cortes no orçamento em todas as áreas, como por exemplo, na aquisição de novas áreas, assistência técnica de assentamentos rurais e da agricultura familiar. Além de praticamente inviabilizar o crédito para pequenos agricultores.

Também paralisou todos os processos de demarcações de terras indígenas e outros territórios de comunidades tradicionais, além de estar revendo tudo que já foi demarcado, assim como as unidades de conservação.

Essas políticas de estrangulamento dos trabalhadores do campo estão inviabilizando qualquer tipo de produção, geração de renda e colocando essa população em situação de miséria absoluta e deixando cada vez mais a mercê da violência e dos ataques dos pistoleiros contratados pelos latifundiários de terra.

Na mesma direção, Bolsonaro está colocando a polícia fascista para intimidar e perseguir militantes da luta pela terra. Já estamos denunciando a prisão arbitrária de lideranças e “visitas” da Polícia Federal em assentamentos, acampamentos e aldeias de todo o país para levantar informações sobre o dia-a-dia das famílias, funcionamento e outras coisas para incriminar posteriormente lideranças.

Vendo a implantação dessa política fascista, as direções dos movimentos de luta pela terra têm tomado uma postura de não enfrentar o governo Bolsonaro para avaliar melhor a situação ou deixar os ânimos se acalmarem.

Essa situação levou a quase nenhuma ocupação de terras, nem pelos trabalhadores sem-terra e nem pelos indígenas. O fato de não haver ocupações de terra e reação dos movimentos está sendo colocado como uma grande vitória da política de Bolsonaro e uma completa desmoralização dos movimentos sociais, que está levando a uma ofensiva sem precedentes da direita no campo.

Despejos violentos, assassinatos, atropelamentos, invasão de terras por garimpeiros e pistoleiros e nenhuma nova área conquista pelos sem-terra e indígenas em todo o país desde o início do ano.

A situação de “resistência” e de convivência com a direita está levando a um massacre no campo seja pela fome ou pelos pistoleiros. A única maneira de reverter essa situação é uma mudança radical de postura e de enfrentamento.

As ocupações de terra sempre foram uma medida de luta eficaz para conquistas de direitos, como a terra, e de combater a direita fascista em momentos de governos de direita ou de esquerda.

Não é agora em um governo ilegítimo e com características fascistas que vai ser diferente. Está mais do que na hora de haver um plano de ocupações de terra pelos trabalhadores do campo, indígenas e quilombolas como resposta a todos os ataques do governo Bolsonaro.

As instituições, como o parlamento e a justiça, estão dominadas pelos golpistas e em total acordo com a política de Bolsonaro, por isso não vão barrar essa ofensiva e a luta deve se basear nos próprios trabalhadores e nas ações nas ruas.

As ações devem ser intensificadas como ocupações de terra, fechamento de rodovias, ocupações de prédios públicos e enfrentamentos nas ruas para barrar a ofensiva da direita no campo.

Não há outra maneira de derrotar Bolsonaro. As entidades sindicais e partidos de esquerda devem apoiar os movimentos de luta pela terra nessa onda de ocupações e mobilizar os trabalhadores da cidade para derrotar o governo ilegítimo de Bolsonaro.

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