No ano de 2020, em pleno auge da pandemia e todo o caos que essa situação acarretou na vida da classe trabalhadora, o ministério comandado por Damares Alves e que seria o responsável por administrar o andamento de políticas públicas voltadas para as mulheres, resolveu economizar nos gastos, executando apenas 44% da verba a seu dispor para aquele ano. Já em 2021, a Secretaria de Políticas Nacionais para Mulheres havia gasto, até junho, 23,2% do total de verba disponível. Porém, na pressa de concluir o ano diante dos compromissos assumidos anteriormente, o ministério gastou 66% do dinheiro aplicado.
Neste momento, em tramitação no Congresso Nacional, o plano orçamentário do próximo ano para o Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos já virá com um corte de 33% no orçamento.
O programa ” A casa da Mulher Brasileira” complemento essencial a lei Maria da Penha e que deveria tornar disponível às mulheres vítimas de violência doméstica a assistência que a sua situação de vulnerabilidade requer, ofertando acolhimento e apoio psicológico e assistencial, será um dos que terão a sua verba reduzida, sofrendo um corte monstruoso de 70% em 2022. Ainda na execução do orçamento do ano de 2021, havia disponível R $21 milhões para o programa, mas a pasta executou apenas R $1 milhão durante todo o exercício.
O resultado de todo esse descaso não poderia ser outro: as mulheres comprovadamente foram as que mais sofreram durante todo período de pandemia. Estão abandonadas à própria sorte pelo governo golpista de Jair Bolsonaro em um país com mais de 100 milhões de desempregados e sem nenhuma política pública para assistir a população mais vulnerável.