João Dória (PSDB), atual governador do Estado de São Paulo, anunciou que irá vender, no leilão previsto pra acontecer no próximo dia 28 de maio, a sede do Sindicato dos Metroviários de São Paulo. Trata-se de mais uma atitude intimidatória de Dória, bem como da própria direção da Companhia do Metropolitano. A intenção é, agora, vender o terreno onde o prédio está localizado, no bairro do Tatuapé, sem dialogo algum com os trabalhadores a respeito desta que é uma concessão de mais de 30 anos.
“Isso é um ataque deliberado do governo Doria contra a organização sindical. Ele quer quebrar essa resistência, já que conseguimos conquistar diversos direitos, como o da vacinação para os trabalhadores do Metrô. Também pretende, com essa atitude, avançar na privatização e na concessão das linhas do Metrô e da CPTM”, afirmou Marcos Freire, diretor de base do sindicato. Segundo ele, também, os metroviários utilizam aquele espaço em regime de comodato com o governo desde a construção do prédio-sede, há mais de 30 anos.
Não obstante, segundo denúncia publicada pela Central Única dos Trabalhadores – CUT, o governador não abriu nenhum canal de diálogo com a categoria para tratar do assunto, de forma que tão somente os informou sobre o “despejo” através de uma carta à entidade, entregue no dia 26 do mês passado. Interessante frisar que, além de tudo, esta carta chegou um dia antes da campanha salarial dos metroviários. O prazo atual do contrato de licitação vence somente em outubro deste ano, segundo a CUT.
A atitude do sindicato, ainda segundo Freire, foi a de buscar articulações com deputados e movimentos sociais afim de barrar a venda do terreno por meio do governo, enquanto tentam também garantir a permanência da sede através das vias judiciais. O espaço, que se localiza na Rua do Japi, nº 31, é importantíssimo para os movimentos sociais, por já ter sido palco de diversos eventos e atos importantíssimos ao longo dos anos.
Doria, um dos maiores inimigos do povo trabalhador paulista, ao planejar e executar essa atitude, mostra mais uma vez a que veio. Entretanto, de outro lado, além da busca por apoio burocrático e jurídico, é necessário que a população trabalhadora se organize para que o tucano não obtenha êxito em sua empreitada criminosa. É necessário se mobilizar para defender a sede da categoria, desde já ocupando o espaço e evitando qualquer tentativa de invasão por parte do governo dos patrões.