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Governador identitário

Doria: carrasco das mulheres com câncer de mama

O cinismo do governador de São Paulo não tem limites: apresenta-se como governador feminista ao mesmo tempo em que corta direitos históricos das mulheres doentes com câncer de mama

Em todo país as mulheres que precisaram retirar nódulos de câncer de mama das axilas (esta parte do braço normalmente sofre metástase do câncer de mama) têm direito a diversas políticas públicas para garantir acessibilidade e condições para conseguir trabalhar e cuidar dos filhos. Esta situação das mulheres é particularmente grave atualmente, uma vez que uma grande parte das famílias é liderado por mulheres.

Segundo o IBGE, em 1950, cerca de 12% dos lares já eram chefiados por mulheres no Brasil. Em 2000, o número subiu para 26%. Depois para 35% em 2009 e, finalmente, chegamos à marca de 45% em 2018. Deste universo somente 34% destas mulheres contam com apoio de um companheiro ou alguém com quem possam dividir os encargos da família.

Esta situação de extremo estresse e excesso de trabalho, pois estas mulheres como regra trabalham fora e sustentam o trabalho doméstico, é um dos responsáveis para o crescente aumento dos cânceres em mulheres, o mais comum deles o câncer de mama.

As mulheres com esta doença, em boa parte dos casos, ficam com severas restrições para o uso do braço onde houve metástase do câncer. Perdem força, adquirem acúmulo de líquidos, edemas, dores e impossibilidade para movimentos repetitivos como usar câmbio em carro, mouse em computador, segurar com força as traves de apoio em ônibus e metrôs e coisas básicas como segurar sacolas em supermercados por períodos que uma pessoa sadia nem notaria.

As mulheres que conseguem realizar um constante e eficiente trabalho de fisioterapia  têm um relativo controle do inchaço e da dor e um aumento da força muscular. A maioria das mulheres que, obviamente, não possuem convênio médico privado, possuem um salário sofrível e não têm sequer uma pessoa para ajudar nas contas domésticas, obviamente não tem condições de manter fisioterapia constante. 

Neste quadro deplorável, há muitos anos no Brasil e no mundo são facilitados os meios para que estas mulheres possam adquirir carro próprio com câmbio automático. A ideia é ajudar a concretizar, mesmo que parcialmente, o conhecido direito à mobilidade, ou seja, com preços subsidiados conseguir comprar um carro e desta forma conseguir ir trabalhar em segurança e facilitar o cotidiano do trabalho envolvendo as atividades domésticas.

Em todos os Estados da Federação o IPVA – Imposto sobre Propriedade de Veículos Automotores – não é cobrado das mulheres com câncer, uma vez que a doença compromete as capacidades físicas da pessoa pelo resto da vida.

Em São Paulo as mulheres com câncer perderam este direito. O “feminista” Doria decidiu retirar a isenção do pagamento do IPVA para as mulheres com câncer e se recusa a atualizar os valores de veículos que entrariam na tabela de isenção de impostos. Atualmente, em São Paulo, não existem carros zero com valores possíveis de obter isenção. Durante décadas as mulheres com esta doença não pagavam o IPI (Imposto sobre produtos industrializados) e o ICMS (Imposto sobre circulação de Mercadorias). Estes dois impostos significam cerca de 30% dos valores dos carros. 

O “feminista” Doria simplesmente decidiu que mulheres com câncer não mais terão este direito. Com manobrinhas burocráticas decidiu que quem usa câmbio automático não é deficiente. Em São Paulo 78% das pessoas cadastradas como deficientes físicos e que usavam a isenção do IPVA e dos outros impostos usam câmbio automático e são mulheres com importantes sequelas devido ao câncer de mama.

Obviamente que as organizações de deficientes físicos entraram na Justiça em grande quantidade contra o carrasco Doria. Sempre rindo, atacou aquelas mulheres que passam a maior parte do tempo chorando, uma vez que durante 5 anos a chance de recidiva do câncer está sempre presente, além das sequelas em todo o organismo em função da quimioterapia, radioterapia e de um milhão de remédios e efeitos colaterais.

A situação em São Paulo causa espanto no resto do país. Em São Paulo, o estado mais rico da federação, as mulheres com câncer não têm direitos e os carros são os mais caros do país, pelo aumento sistemático de impostos.

Este é o governador mais neoliberal em todo o país. Em nenhum outro estado os ataques são feitos desta forma. Ele lidera o ataque contra as mulheres e contra os paulistas em geral.

Este é o modelo de gestão ultra neoliberal que pretende aplicar em todo país. Este é o modelo de governo contra o povo, contra as mulheres, contra os deficientes que pretende estender para todo o país.

Abaixo a política de ataque às mulheres em São Paulo!

Pela volta da isenção de impostos para as mulheres deficientes com câncer de mama!

Abaixo o governo Carrasco de João Doria!

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