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Rui: “A burguesia é contrária a qualquer tipo de progresso”

Lula dando entrevista para golpista, crise política no governo, o problema democrático, o problema da comunicação e outros assuntos foram abordados no programa desta quinta.

Neste 1º de abril de 2021 em mais um programa Café da Manhã, na TV DCM, o presidente do PCO, Rui Costa Pimenta, participou da já tradicional análise política do canal. Com moderação de Sara Goes e tendo como entrevistador o jornalista Leandro Fortes, o programa que ocorre toda quinta de manhã abordou os principais temas do momento na política nacional. Leandro Fortes anunciou um Webinar, com o tema A Revolução Brasileira, do qual participará Rui Costa Pimenta no próximo dia 10. Para maiores informações, consultar: “https://www.arevolucaobrasileira.com.br/“. Abaixo segue um resumo do que aconteceu no Café da Manhã desta quinta. Ciro Gomes assinou manifesto com Huck, Dória, Mandetta, Amoedo e Eduardo Leite. Para Rui, esse manifesto vem na sequência da reforma ministerial de Bolsonaro e advertiu que a campanha da imprensa golpista contra Bolsonaro nesse assunto é totalmente falsa. Assim como a campanha dessa imprensa de que os militares têm espírito cívico e democrático é pura mentira. Com relação a Ciro Gomes, ele deixou cair a máscara. “Há anos ele vem fazendo campanha de que seria mais esquerdista do que a esquerda tradicional e agora ele está do lado desse Amoedo que é um fanático direitista e do Dória que é um fascista quase igual ao Bolsonaro (…)”. destacou Pimenta que também analisou:
“Manifesto pela democracia é que nem manifesto pela paz mundial, todo mundo quer. É uma unanimidade mundial. Esse pessoal não é a favor de nenhuma democracia. Isso é tudo jogo de cena (…) e tudo isso daí é uma enérgica iniciativa da burguesia para constituir esse terceiro bloco. Mas, mesmo o esforço que a burguesia coloca no terceiro bloco, demonstra a dificuldade de montar esse terceiro bloco. Não está parecendo que isso seja algo viável. Esse timinho é meio requenguela, sem credibilidade. O Ciro entra aí e é capaz de perder o voto que ele já tem”
O esforço da burguesia em criar uma alternativa de direita ao bolsonarismo está demonstrado em todos os acontecimentos recentes. A forma como a imprensa e os partidos políticos procuraram interpretar essa crise das trocas nos ministérios está ligada a essa procura de uma alternativa a Bolsonaro para 2022. É preciso acompanhar esses acontecimentos, pois irão definir o quadro político para as próximas eleições. Se a burguesia não conseguir essa terceira via, ela irá apoiar Bolsonaro, sem dúvida alguma. O PCO participou de manifestações no último dia 31 por todo o Brasil e em cidades fora do país. As manifestações da direita foram surpreendentemente negativas e, segundo Rui, houve um recuo da direita e a quantidade de pessoas nas ruas a favor do golpe de 1964 foi muito pequena. Não se sabe o motivo desse recuo, mas, desde a divulgação da Ordem do Dia do novo Ministro de Defesa, já podia se ver uma maior moderação para mobilizar os coxinhas. Os atos de esquerda contra a ditadura e os golpistas foram maiores do que os atos da direita. Isso representa uma vitória política importante. Voltando ao assunto da reestruturação ministerial de Bolsonaro, Rui disse: “acho que a imprensa aproveitou para fazer uma campanha contra Bolsonaro. Eu não acho que é isso tudo que a imprensa burguesa está falando. Inclusive, a gente vê que a crítica é sem consequência. Hoje o Estadão tirou um editorial com críticas duríssimas ao Bolsonaro e, no final, diz: ‘fiquemos alertas’, o que isso significa? Nada“. A versão da imprensa de que Bolsonaro tentou forçar os militares a dar o golpe é fantasiosa. Isso nunca aconteceu. “Se fosse o Biden forçando os militares a dar o golpe, tudo bem, daria para entender isso. Mas o Bolsonaro é inverossímil essa versão dos acontecimentos. Não tem nada de golpe, ele simplesmente arrumou a casa e a imprensa aproveitou para fazer uma intriga, que é tradicional da imprensa capitalista, procurando jogar os militares contra Bolsonaro“. Rui analisou a questão da revolução como única maneira de reverter a crise total brasileira e opinou que se trata de um tema sempre vigente no cenário de grave crise permanente vivida pelo Brasil. Com a burguesia o Brasil não vai para lugar nenhum.
Essa burguesia, a gente viu na pandemia, é contrária a qualquer tipo de progresso, a qualquer tipo de coisa positiva. Mas, do ponto de vista imediato a revolução não está colocada (…). A classe operária brasileira e mundial passa por um período muito difícil, – não sou partidário da ideia de que a classe operária está neutralizada, muito pelo contrário – mas no momento as condições não estão dadas. É preciso trabalhar bastante para preparar uma reviravolta na situação (…) e [ela] pode acontecer a qualquer momento. Os analistas da economia internacional, todos eles, já prognosticaram que o mundo caminha para uma grande crise financeira. Isso pode abalar profundamente o Brasil e mudar a situação. É justamente nesses momento que a situação muda, quando há um colapso financeiro, uma guerra. Já temos a pandemia que é uma catástrofe econômica e social importante. Então, a situação pode mudar e eu acho que em algum ponto do futuro próximo vai mudar para uma situação mais favorável à luta revolucionária”.
Sobre a entrevista do Lula ao golpista e anti-petista Reinaldo Azevedo, Rui foi enfático e afirmou que é um desserviço à esquerda. Assim como escrever na Folha de S. Paulo é algo que serve à direita. Guilherme Boulos, por exemplo, foi um propagandista à favor do golpe na Folha, talvez por auto-promoção. Outros elementos que se dizem de esquerda escrevem na Folha, o Haddad escreveu. Isso tudo implica na ideia de que esse jornal, que é golpista e sem-vergonha, seria um jornal pluralista.
“Alguém pode dizer que o Haddad ganhou alguma coisa (…) para a luta da esquerda escrevendo na Folha de S. Paulo? Não, de forma nenhuma. (…) Muita gente no PT tem a ideia de que a imprensa do PT são esses jornais como a Folha de São Paulo. Durante todo um período havia uma conversa de que a Folha de S. Paulo era o jornal do PT. Aí você chega na “hora H” e a Folha tem uma participação importantíssima no golpe que derrubou o governo do PT, sendo que não foi ela que levou o PT ao governo. Isso é uma fantasia, uma ilusão total”.
Reinaldo Azevedo é um mercenário e, na opinião do presidente do PCO, Olavo de Carvalho tem um comportamento mais digno do que Azevedo, pois mantem suas posições até hoje. O jornalista que hoje entrevistará Lula foi o principal propagandista do golpe. É um sujeito que se adapta à situação para levar algum crédito. A coluna dele na Veja foi aglutinador da extrema-direita, com tiradas anti-petistas e fascistas. Ele se ofereceu como uma pistola de aluguel e agora ele quer se passar por democrata. Se aceitamos Reinaldo Azevedo como esquerdista, isso é um verdadeiro cavalo de Troia. Lula, portanto, não deveria aceitar isso. A esquerda precisa definir se quer um pequeno nicho dentro da imprensa capitalista, golpista e direitista ou se vai construir uma imprensa própria. É preciso trabalhar para abrir os próprios meios de comunicação de esquerda sem qualquer intermediário direitista. A extrema-direita sabe disso e usa os próprios meios de comunicação. O próprio Trump vai criar a própria rede social. A destruição do monopólio da imprensa é uma luta fundamental.
“A esquerda vibra quando aparece alguma coisa na rede Globo. Acho que é uma mentalidade colonizada. Você é um escravo desses meio de comunicação. Por sorte, hoje em dia, nós podemos ter esses órgãos na internet. Isso é um grande avanço em termos de divulgação e propaganda da esquerda, porque houve uma época em que a esquerda não tinha absolutamente nada”.

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