A CUT (Central Única dos Trabalhadores), maior central sindical da América Latina, divulgou nesta quarta-feira (8) uma nota na qual rejeita os atos convocados pelo MBL para o próximo domingo (12).
CUT, maior central sindical da América Latina, não participará, não convocará e não faz parte da organização de nenhuma manifestação/ato, anunciada para o próximo dia 12 de setembro.
A CUT defende a pauta da classe trabalhadora por empregos de qualidade, salário, renda, trabalho decente.
Ao contrário da CUT, que com base em uma consideração classista rejeita os atos do MBL e orienta sua base a não participar dos atos do dia 12, setores da esquerda têm convocado os atos do MBL. Setores do PSOL e do PCdoB, de forma coerente com sua política de ficar a reboque dos golpistas da direita tradicional, têm dito que os atos do dia 12 são “democráticos”, e têm convocado suas bases para participar do ato.
O presidente do PSOL, Juliano Medeiros, afirmou que o partido não adere aos protestos, participando somente de atos da campanha Fora Bolsonaro. No entanto, a líder do PSOL na Assembleia Legislativa de São Paulo, Isa Penna, confirmou sua presença nos atos e convocou sua base a participar do ato do MBL.
O PCdoB tem uma ala formada por acólitos do PSDB, o PPL, que se fundiu ao partido em 2019. Essa ala do PCdoB fez campanha eleitoral para Bruno Covas em São Paulo nas eleições municipais de 2020. Foram também os maiores entusiastas da participação do PSDB nas mobilizações da esquerda deste ano, constituindo a ala mais direitista do movimento Fora Bolsonaro.
Vale lembrar que o “democrático” MBL foi uma das fachadas utilizadas pela burguesia para organizar o golpe de estado que derrubou a presidente democraticamente eleita Dilma Rousseff, sendo um dos eixos da organização da extrema-direita no Brasil, com suas campanhas reacionárias da “Escola sem Partido”, perseguição a artistas e professores, apoio a privatizações e ataques aos trabalhadores, etc. Os “democratas” do MBL também apoiaram a prisão absolutamente fraudulenta e farsesca de Luiz Inácio Lula da Silva e, como bons defensores da “democracia”, fizeram campanha para eleger o presidente ilegítimo Jair Bolsonaro.
Com tantas armadilhas para os trabalhadores, é fundamental o posicionamento da maior central sindical do país orientando seus filiados e toda a esquerda a não aderir ao ato da extrema-direita disfarçada de “centro”.
Leia a íntegra da nota da CUT:
A CUT, maior central sindical da América Latina, não participará, não convocará e não faz parte da organização de nenhuma manifestação/ato, anunciada para o próximo dia 12 de setembro.
A CUT defende a pauta da classe trabalhadora por empregos de qualidade, salário, renda, trabalho decente.
Luta contra toda e qualquer retirada de direitos, contra as privatizações, contra a PEC 32, que desmonta o serviço público, contra a fome, a carestia.
Defende a vida, a soberania e a democracia. Luta contra o governo genocida, criminoso e incompetente de Jair Bolsonaro, que colocou o Brasil na maior crise política, econômica, sanitária e institucional da sua história recente.
Vacina no braço, Comida no prato!
#ForaBolsonaro