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Os trabalhadores nas ruas

Dia 24, a CUT e os sindicatos à frente das mobilizações

Impulsionando junto com a luta pela derrubada de Bolsonaro a defesa das reivindicações dos trabalhadores diante da crise

O anúncio, dias atrás, da decisão da direção nacional da maior organização dos explorados do País, a Central Única dos Trabalhadores (CUT), de que está convocando a mobilização na base dos seus sindicatos – e não apenas os dirigentes – para participar das manifestações do dia 24, bem como a disposição expressa de organizar um bloco cutista nos principais atos é uma decisão da maior importância.

De forma concreta, tal decisão se contrapõe à política de infiltrar nas manifestações setores da direita golpista, inimiga dos trabalhadores e que – de fato – estão contra a luta por derrubar Bolsonaro e temem – tanto como Bolsonaro – que os trabalhadores e a juventude saiam às ruas na defesa de suas reivindicações.

Lados e interesses opostos

Manifestações com forte presença dos trabalhadores e de suas organizações são o melhor antídoto contra a tentativa de controlar e derrotar o movimento por parte de setores da direita que são hostis aos seus interesses. Não há convivência “harmônica” entre os metalúrgicos e outros setores operários e os partidos e grupos que defendem a política de demissões e genocídio da burguesia. Não há unidade possível entre os defensores e praticantes da política de destruição do ensino público e da criminosa volta às aulas durante a pandemia, com os trabalhadores da Educação e seus poderosos sindicatos. Estão em trincheiras opostas os petroleiros e todos os que defendem que a riqueza do petróleo seja destinada ao povo brasileiro e os políticos e partidos neoliberais que fingem fazer oposição a Bolsonaro, mas que há quase três décadas impõem a privatização da Petrobras e a entrega do “ouro negro” para os tubarões imperialistas.

Assim a presença de colunas dos trabalhadores pode ser decisiva para derrotar a política da direita golpista que quer se infiltrar no movimento popular que luta pela derrubada do governo Bolsonaro para conter seu ímpeto combativo e depois quebrá-lo, como fizeram nas “Diretas Já”, no “Fora Collor” e nas mobilizações de 2013.

Defensores do “fica Bolsonaro”

A direita golpista que apoiou cerca de 100% das medidas dos governos Temer e Bolsonaro  contra os trabalhadores e o povo, não quer mobilização alguma. Querem apenas deter a luta do povo. São os mesmos partidos e grupos golpistas que fazem da CPI um circo político e que já engavetaram mais de 120 pedidos de impeachment contra Bolsonaro. Alguns deles, como o PSDB, não assinaram nenhum deles, defendem – de fato – o “fica Bolsonaro”, apoiam as privatizações e ajudaram Temer e Bolsonaro a aprovar e continuam aprovando todas as “reformas” contra o povo brasileiro. 

Foram eles que comandaram e deram os votos suficientes para aprovar o congelamento dos gastos públicos por 20 anos (2016), que aprovaram a famigerada reforma trabalhista, pondo fim à CLT – Consolidação das Leis Trabalhistas (2017), bem como a “reforma” da Previdência, que acabou com a aposentadoria da maioria dos trabalhadores (2019). São sócios da política genocida de Bolsonaro que levou à morte mais de 540 mil brasileiros na pandemia, em números oficiais; dentre outros ataques.

Não é com eles que a esquerda e as organizações de luta do povo trabalhador podem contar para derrubar Bolsonaro e defender seus interesses. Para isto, a classe trabalhadora só pode confiar nas suas próprias forças e na força decisiva de sua mobilização nas ruas.

Mobilizar nos locais de trabalho

Os próximos atos da campanha Fora Bolsonaro tendem a ser os maiores desde a retomada das mobilizações de rua após o refluxo da pandemia, que se iniciou com o combativo ato do 1º de Maio de Luta da Praça da Sé, prosseguiu com as mobilizações do dia 13 de Maio contra o massacre de Jacarezinho e ganhou um impulso extraordinário, com os atos de 29 de Maio, 19 de Junho e 3 de Julho. Atos que unificaram a esquerda e a imensa maioria das organizações dos explorados brasileiros em torno de eixo fundamentais: a luta pelo fora Bolsonaro, por Vacina para todos e por Auxílio Emergencial de Verdade (que precisaria ser de, pelo menos, um salário mínimo).

A mobilização do dia 24 tende a expressar o crescimento da revolta popular, diante do genocídio, dos recordes de fome e desemprego e da manutenção da ofensiva unificada da direita golpista contra os trabalhadores (privatizações, reforma administrativa, ataques ao ensino público etc.), que o governo Bolsonaro leva adiante com o apoio de todos os partidos golpistas e reacionários que dominam o Congresso Nacional, governos estaduais e o regime golpista, como o PSDB, MDB, DEM, PSD etc.

Para fazer vitoriosa essa mobilização é preciso mobilizar nas fábricas e demais locais de trabalho, nos bairros populares, entre a juventude estudantil e trabalhadora, nas ocupações e assentamentos.

Contra a política criminosa da direita de conter e derrotar a mobilização, os trabalhadores e a juventude precisam se levantar, fortalecer o Bloco Vermelho e, pelos meios necessários, impedir a infiltração e fazer avançar a mobilização, fazendo com que ela cresça – a partir da organização do povo trabalhador por meio da multiplicação dos Comitês de Luta, da realização de Plenárias democráticas do movimento Fora Bolsonaro, dos Sindicatos e demais entidades dos explorados, para aprovar um plano de lutas, levantar as suas reivindicações mais sentidas contra todos os golpistas.

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