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Araraquara

Coordenação da frente Fora Bolsonaro repudia golpe do PSOL-PCdoB

Em Araraquara, esquerda pequeno-burguesa tenta censurar as palavras de ordem do povo nos atos

Como se não bastasse querer meter a direita no meio dos atos populares, apresentando os inimigos do povo como aliados, a esquerda pequeno-burguesa, representada, neste caso, pelo PSOL e pelo PCdoB, ainda tem a audácia de tentar impedir que a população se manifeste a favor do único candidato verdadeiramente popular e com condições de derrotar Bolsonaro: Lula.

A “sem-vergonhice” ocorreu em Araraquara, no interior do estado de São Paulo, durante uma reunião extraordinária da “Frente da Esquerda e dos Trabalhadores pelo Fora Bolsonaro” da região, no dia 27 de setembro. Essa reunião foi convocada pelo PSOL e, diferentemente das reuniões anteriores, tinha como principal objetivo discutir “democraticamente” a proibição da aparição da faixa “Lula presidente” no ato do dia 02 de outubro, sob pretexto de que “não estamos em campanha eleitoral”.

Tal ato foi um escândalo e a tentativa de censura foi explícita e descarada. A Central Única dos Trabalhadores (CUT), a Apeoesp, os Metalúrgicos, o Sinasefe, PSTU/CSP-Conlutas/Sinsprev, a UP, a UJC e o Comitê de Luta Contra o Golpe também estavam presentes na reunião — diversas dessas organizações se revoltaram, e o PT nem mesmo estava presente.

O iniciador do golpe foi o presidente do PSOL em Araraquara, Eudes Melo, e teve apoio do PCdoB que, por sua vez, não ia há tempos em uma reunião da frente que, teoricamente, serve para decidir sobre questões organizativas relacionadas aos atos na região.

Muitos companheiros das diversas organizações não assistiram a este show de horrores de braços cruzados: a Apeoesp avisou que não aceitaria esse tipo de imposição, defendendo a liberdade de manifestação; o sindicato dos metalúrgicos se retirou da reunião e alertou que não participaria deste tipo de reunião antidemocrática e autoritária; o Sinasefe declarou que não irá se comprometer em impedir a categoria de manifestar seu apoio a Lula — em resumo, a tentativa de golpe do PSOL e do PCdoB foi amplamente repudiada pela esquerda de Araraquara.

Presidente dos Metalúrgicos denuncia censura a “Lula presidente”

A coordenação da Frente Fora Bolsonaro de Araraquara, representada pelo companheiro Tiago Pires, manifestou-se sobre o acontecimento, repudiando qualquer tipo de censura a população e garantindo que as faixas pedindo Lula presidente estarão sim nos atos. Leia a seguir um trecho da entrevista inédita concedida pelo companheiro à Causa Operária TV:

Desde o ato de 18 de agosto o PCdoB não participava das reuniões para organizar os atos aqui em Araraquara. Para a nossa surpresa, o PSOL, que também não participava, participou da organização do último ato. O PCdoB apareceu nessa reunião extraordinária, convocada pelo PSOL e nós pensávamos que seria uma reunião como as outras, onde se discute as questões práticas e organizativas pro ato que vai acontecer no próximo sábado.

Não se tratava disso. Se tratava de colocar a questão de banir dos atos as faixas “Lula Presidente”, os nossos materiais, ou seja, uma clara tentativa de censura a livre manifestação nos atos públicos que acontecem aqui na cidade de Araraquara.”

O companheiro também conta outras tentativas de golpe protagonizadas pelo PSOL e pelo PCdoB na cidade, quando houve uma tentativa de colocar apenas mulheres na direção do movimento, sem nenhum outro tipo de critério, ou quando estes setores tentaram impedir a utilização de faixas que reivindicavam a liberdade do ex-presidente Lula, quando este ainda estava preso injustamente.

Estes partidos não querem participar da frente com o PCO, com as reivindicações de Lula presidente. Eles colocam como condicional para participarem não levar [os materiais que aludem a] Lula Presidente. O presidente do PSOL chamou uma votação para não ter os materiais do Lula presidente.

Nós explicamos que se trata da defesa do direito de 50 milhões de pessoas que não puderam votar no seu candidato no ano de 2018, explicamos que o  próprio PSOL reconhece que houve um golpe em 2016, que a prisão do Lula foi uma prisão ilegal […] e então nada mais justo do que defender que aconteça as eleiçõe simediatamente com a candidatura do Lula, que é quem o povo quer votar […] chegaram ao absurdo de defender que a periferia não quer a questão do Lula nos atos, que isso não agrega, o que é totalmente mentiroso […] o PCO está nos bairros operários, está na periferia todos os dias e nós sabemos que o que o povo quer é Lula presidente”.

Assista a entrevista completa no link a seguir:

O escândalo da censura a Lula em Araraquara - COTV Entrevista Especial - 29/09/21

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