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Abaixo a ditadura de Doria

Confira como foi a Análise Política da Semana desse sábado

Em uma demonstração desta luta inexistente contra o fascismo, Doria, o democrata, decretou a proibição dos atos da esquerda e isto mostra que Doria não é melhor que Bolsonaro.

No último sábado (28) o companheiro Rui Costa Pimenta , presidente do Partido da Causa Operária, mais uma vez realizou a análise política da semana no auditório do Centro Cultura Benjamin Pérret na rua Serranos na capital paulista. A análise transmitida ao vivo pela COTV , se constitui no principal programa do canal com 10. 492 visualizações até o momento . A chamada desta semana foi “ Abaixo a ditadura de Doria”, porém outros temas de singular relevância para o momento político foram abordados na ocasião.

Entre eles a decisão do TSE ( Tribunal superior Eleitoral) de proibir o financiamento dos canais políticos. Mais uma vez a corte rasga a constituição com uma decisão ilegal, inconstitucional e criminosa com o argumento de restringir os canais de extrema direita que diariamente atacam o poder judiciário.

Com amplo apoio da esquerda pequeno burguesa, a medida na prática irá atingir toda a imprensa de esquerda que depende única e exclusivamente da monetização e das contribuições dos seus colaboradores através dos super chats e outras formas de arrecadação.

Não entendem esta esquerda que toda medida de restrição de comunicação tem como alvo principal a própria esquerda que a cada dia ganha mais espaço na imprensa alternativa via internet e que sem o direito de financiamento será estrangulada na sua principal força que é a comunicação. Os canais de extrema direita ou da direita tradicional tem seus próprios meios de se financiarem pois são amplamente apoiados pela burguesia nacional e internacional e não necessitam desta monetização.

Rui Costa Pimenta pontuou que mais uma vez a esquerda cai na farsa da luta contra a corrupção e esqueceu rapidamente da lei de ficha limpa que na prática serviu para impedir Lula de ser candidato e levou Bolsonaro ao poder. O companheiro salientou a necessidade de buscar alternativas para escapar desta lei antidemocrática para a sobrevivência dos canais de esquerda.

O segundo ponto abordado na análise foi a situação da luta pela terra em Rondônia. Nesta semana sindicalistas ligados à LCP ( liga dos camponeses pobres) foram assassinados . Mais um capítulo da sangrenta luta do latifúndio contra os trabalhadores do campo, agora com o apoio da força nacional e da Polícia Militar do estado de Rondônia. A investida contra os camponeses faz parte de uma operação de grilagem de terras com o escudo de proteção ambiental. RCP destacou a necessidade e o direito do armamento do povo como forma de defesa contra o estado opressor.

Rui também protestou  contra a medida do governador civilizado João Doria de introduzir o passaporte da vacina. “ O passaporte da vacina é um método de segregação. Ela é usado porque o controle da pandemia é quase nulo. A vacinação e o sistema hospitalar não dão conta. Então, como eles não investem para resolver o problema, adotam esse método de segregação. Os trabalhadores não usarão o passaporte da vacina. No metrô vai ter passaporte da vacina? Não.”

AFEGANISTÃO

 Muitos  “analistas” caluniam o PCO . Rovai, Jones Manuel e Juliano Medeiros falam que o PCO não pode apoiar o Talibã por conta das mulheres. Mais uma vez o identitarismo usado como argumento de defesa aos interesses do imperialismo,  uma vez que a esquerda deve poiar incondicionalmente a autodeterminação dos povos oprimidos.

Se o povo afegão não tem o direito de se rebelar contra seu opressor então ele não tem direito algum. O imperialismo é o inimigo fundamental de todos os povos e é o pilar central de toda opressão portanto inimigo também das mulheres.

A vitória do Talibã como um impulsionador de revoltas e exemplo que poderá ser seguido pelos demais países da região é reconhecida inclusive pelos imperialistas .

O Jornal The economist tirou uma matéria com a seguinte afirmação: : “A fuga da América do Afeganistão vai encorajar os jihadistas no mundo todo”. A revista cita o caso Etiopia e diz: “o Talibã está capturando a imaginação popular”. Os povos do Oriente Médio estão falando: o Talibã mostrou como é, tem que ter uma luta armada. a revista continua: “a luta do Talibã renovou a fé na ação de massas. Eles querem um jihadismo de massas”. A revista conclui: a vitória do Talibã está inspirando os povos a irem para uma ação armada de massas contra o imperialismo.

Para a esquerda Brasileira existe um mundo de fantasia onde o Talibã não derrotou os EUA e usam como argumento o fato do Talibã ter sido criado pela CIA. De fato, o Talibã lutou contra a ocupação soviética do país e depois se voltou contra o imperialismo norte-americano e luta há vinte anos contra a CIA e contra o Imperialismo e só obteve vitória pois teve o apoio do povo Afegão.

Esse fato é o principal feito da derrota dos EUA no Afeganistão. Um povo, organizado numa dada organização, expulsou os norte-americanos de lá. Toda vitória dos oprimidos estimula a luta. A vitória dos bolcheviques fez isso em 1917. A vitória dos vietnamitas em 1975 fez isso: é um efeito revolucionário. 

O Talibã deu um tiro no peito dos norte-americanos. Uma coisa é certa: a luta armada dos povos contra o imperialismo e contra governos apoiados pelo imperialismo vai se acirrar consideravelmente. Todos os inimigos do imperialismo estão levantando a cabeça, menos a esquerda brasileira. A conduta da esquerda brasileira é peculiar. Não é assim no resto do mundo.

STF E BOLSONARO

A esquerda atrelou seu caminhão ao trem da burguesia. A maior parte da esquerda acha que ou Doria ou o STF salvará a democracia, ou a democracia está perdida. Eles embarcaram na política da terceira via pois a estratégia por trás desta suposta briga  é criar um candidato que vá para o segundo turno com Bolsonaro. Esse candidato, tudo indica, será o João Doria. Não tem luta contra o golpe, não tem luta contra o fascismo.

Os ataques aos STF forçaram Bolsonaro a convocar os PMs, coisa que não tinham feito antes. É a primeira vez que há uma convocação geral dos PMs. Mas nem Bolsonaro nem os militares querem seguir por esse caminho. Isso vai gerar uma crise. Abriu-se caminho para o fascismo. As medidas do STF não deram em nada, mas a resposta bolsonarista criou um fenômeno importante e a aliança da esquerda com a burguesia na frente ampla enfiou a própria esquerda em um beco sem saída política. Aliança com a burguesia para combater o fascismo: algo inexistente.

7 DE SETEMBRO

Em uma demonstração desta luta inexistente, Doria, o democrata, decretou a proibição dos atos da esquerda e isto mostra que Doria não é melhor que Bolsonaro.

A Justiça cassou a determinação do Doria. Pode ser que isso seja para evitar a desmoralização do Doria e evitar que o Doria tenha que fazer alguma coisa, a Justiça se antecipou e liberou o ato.

QUEIMA DE ESTÁTUAS E IDENTITARISMO

Outro ponto bastante discutido foi a grande manifestação dos povos indígenas na última semana em frete aos STF. Mais de 6 mil indígenas acamparam em protesto como forma de pressão contra a votação do Marco temporal que estava prevista para esta semana. O marco temporal é uma lei que irá impedir a demarcação das terras indígenas constituídas depois da constituição de 1988. Uma lei que favorece os grandes proprietários de terras e coloca na ilegalidade os territórios indígenas já ocupados.

Para driblar a pressão dos manifestantes, o herói de esquerda ,Alexandre de Moraes , pediu vistas dos processo e a votação foi adiada para o dia 1º de novembro, o que certamente inviabilizará a permanência dos manifestantes em Brasília pois sua situação financeira já é muito precária e com muito esforço conseguiram organizar o acampamento.

RCP destacou que a questão do índio está diretamente relacionada com a questão da reforma agrária e é esta a luta que deve ser travada por aqueles que em nome do identitarismo queimam estátuas em nome dos indígenas de 300 anos atrás. É urgente a unificação dos movimentos dos trabalhadores da cidade, do campo e do movimento indígena para que a luta seja efetiva , queimar estátuas não vai resolver a difícil batalha contra a burguesia.

A imprensa burguesa divulgou que um coletivo de índios teria ido queimar a estátua de Pedro Álvares Cabral, mas acabaram queimando a de Pero Vaz de Caminha. Rui já havia apontado os erros históricos ligados à questão da queima de estátuas já na questão da estátua do Borba Gato em relação ao papel dos Bandeirantes na constituição do Brasil enquanto nação e seu vasto território. Atacar o patrimônio histórico não é uma luta política e sim uma tentativa de apagar a história do Brasil e a identidade da nação.

Os que defendem estes atos de “protesto” na verdade se identificam com a tese de Dallagnol que o Brasil seria um crime e o povo brasileiro uma subcategoria de população.

Rui pergunta: “ Por que queimar Cabral? Seria ele uma espécie de turista do século XVI ? Ele veio para cá, olhou, tentou falar com o pessoal, rezou uma missa e foi embora. Antes dele existia um território parcamente povoado por tribos indígenas esparsas. A nação brasileira começa com ele e a tentativa de queimar a estátua é uma declaração de guerra ao Brasil. “

Disse ainda que “ Os ignorantes falam: devemos fazer tábula rasa da cultura nacional, que é a cultura do invasor. A cultura brasileira é vastíssima, é um patrimônio da humanidade. Olha um Aleijadinho, que realizou a sua obra enquanto os negros eram chicoteados nas minas de ouro. O cara que fala em fazer tábula rasa não sabe o que o é a cultura brasileira, a literatura, o estudo da fauna e da flora brasileira, a música, a arquitetura. O barroco mineiro é uma preciosidade. É uma das coisas mais monstruosas que se poderia pensar. Exterminar uma cultura é uma perda para a humanidade. A carta de Pero Vaz de Caminha é a primeira obra literária da cultura brasileira.”

Queimar estátuas e destruir a cultura nacional é uma é uma ideologia absolutamente reacionária. Não existe Brasil? O esforço de milhões e milhões de gerações não serve pra nada?

Segundo RCP é uma ignorância a fala daqueles que dizem que o Brasil foi construído sobre a base da escravidão, do genocídio de índios e negros, portanto não deveria existir. Se assim for então a história do mundo também não deveria ter existido pois toda ela foi construída sobre a escravidão, genocídios e opressão. Isto equivale à destruição por exemplo da cultura greco-romana pela igreja católica.

Esta política não traz nada de objetivo para a libertação de fato dos povos indígenas e do povo negro. É na verdade uma ideologia estimulada pelos capitalistas que tentam confundir a real luta a ser travada, até Doria agora é identitário.

Por trás desta política está instituições financiadas por especuladores do mercado internacional. Um exemplo disso é a Open Society, uma magistral criação de George Soros, conhecido por ter feito manobras financeiras que levaram países inteiros à bancarrota. Um anticomunista declarado que participou das privatizações do “bloco soviético”. Este se apresenta como um filantropo político, porém não passa de um financiador de golpes de estado e contra-revoluções.

Soros esteve por trás das “revoluções coloridas” tendo sido banido por Putin, por Orban na Hungria e por diversos outros governos.

 No Brasil Soros ameaçou tirar todos seus investimentos do país caso Serra não ganhasse a eleição de 2002. Ajudou a derrubar Dilma em 2016 através da queda de valor da Petrobrás pela especulação financeira, ou seja, Soros é um dos articuladores do golpe que levou Bolsonaro ao poder. Soros está por trás da quebra da Argentina com os fundos abutres assim chamados pelo povo argentino.

Todo este movimento identitário é financiado pela burguesia através de organismos como a Open Society e os identitários não sabem disso?  A irmã de Marielle Franco é funcionária da Open Society, uma funcionária de Soros, um colonizador vivo, imperialista, um vampiro destruidor de países nas palavras de Rui Costa Pimenta. Galo que queimou o Borba Gato sabe disso? Talvez não, mas queimar estátuas é seguir a política orientada por Soros, um colonizador do mercado financeiro internacional. É uma loucura ignorar as relações entre estes fatos e o capital financeiro nacional e não podemos dar trégua para esta ideologia de fazer tábua rasa da cultura nacional.

 

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