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Dias 30 e 31

Conferência nacional do Bloco Vermelho para organizar mobilização

Contra a infiltração da direita e as manobras patrocinadas pela burguesia, os Comitês de Luta chamam os ativistas para a III Conferência Nacional do Bloco Vermelho.

Diante da evolução da luta política no interior dos atos Fora Bolsonaro, as coordenações regionais do Bloco Vermelho definiram uma conferência nacional de dois dias no final do mês de outubro. É um movimento fundamental diante das inúmeras tentativas de infiltração da direita nos atos, repudiada organizadamente pelo PCO, Comitês de Luta e integrantes do Bloco Vermelho e desorganizadamente por um grande número de militantes de esquerda que comparece aos atos.

Os ataques ao PCO, inclusive, estão diretamente relacionados à postura decidida do partido em não entregar as manifestações populares de mão beijada para a direita golpista, que se articula em torno da “terceira via”, mas se a manobra não vingar vai de Bolsonaro mesmo. A palavra de ordem “nem Lula nem Bolsonaro, significa na prática “Bolsonaro talvez, Lula de jeito nenhum”.

Cabe destacar o peso que o PCO tem em toda essa etapa recente de manifestações, num esforço sistemático de quebrar o represamento das manifestações populares imposta pelas direções da esquerda. Quando algumas torcidas organizadas foram às ruas em maio de 2020 para expulsar os fascistas da Avenida Paulista, o PCO não só participou como estimulou através da sua imprensa que toda a esquerda abandonasse a farsa do “fique em casa” e saísse às ruas para lutar contra Bolsonaro e toda a direita.

A partir de maio de 2020, o PCO e os militantes de base de outros partidos, em especial do PT, que participam dos Comitês de Luta, passaram a realizar diversos pequenos atos Fora Bolsonaro, defendendo um programa real para o combate à pandemia e da crise econômica e denunciando a farsa da direita “científica”.

Um marco importantíssimo desse esforço foi o 1º de maio de 2021, onde diante da evolução da crise e da desmoralização completa da “quarentena da classe média”, o partido organizou com os setores mais combativos do movimento um verdadeiro ato de luta dos trabalhadores na Praça da Sé, centro de São Paulo. O enorme ato, que reuniu milhares de pessoas, foi um divisor de águas na situação política. Não dava mais para esconder que a esquerda estava nas ruas com o povo e os apóstolos esquerdistas do “fique em casa” tiveram que ceder, sendo então convocado o primeiro ato conjunto da esquerda para o dia 29 de maio.

Começou então uma campanha das direções da esquerda pequeno-burguesa para explorar eleitoralmente a mobilização popular. Quem até menos de um mês antes chamava aqueles que propunham e realizavam atos de rua de “negacionistas” e irresponsáveis, de repente estava tentando impor sua política na organização dos atos. De início, vieram os intermináveis discursos dos mais variados grupos, coletivos e etc, muitos dos quais ninguém nunca tinha ouvido falar.

Depois, vieram as tentativas de infiltrar a direita golpista com o aval dessas “lideranças” do movimento. Não por acaso, 99% dos grupos, coletivos e etc, levados ao carro de som tinham discurso favorável ou neutro à participação dessas ratazanas da política nacional. Para vender essa farsa, essa esquerda passou a explicar a importância dessa “aliança” por conta dos trâmites institucionais necessários para emplacar um processo de impeachment. Ora, reduzir a pauta da ruas a um controladíssimo processo no congresso, por si só, já é um golpe contra o povo e contra a militância dos partidos representados por essas direções carreiristas. Nossa disposição para combater a direita nos atos ganhou destaque nos atos e acabou até repercutindo na imprensa burguesa.

Depois de repelida, a direita testou seu poder de convocação no dia 12 de setembro. Mesmo com o apoio de políticos carreiristas da esquerda, o resultado foi cristalino: a direita não leva ninguém às ruas, a não ser pequenos grupos contratados para segurar faixas e bandeiras. Se as direções de esquerda se baseassem nos fatos, deveriam abandonar a insistente e infrutífera tarefa de empurrar goela abaixo a direita para a militância dos seus partidos.

Na contramão dessa constatação, a cúpula dos partidos de esquerda que brinca de política no parlamento convidou a direita por fora da organização oficial do movimento para os atos de 2 de outubro. Como era de se esperar, o tiro saiu pela culatra. A militância de esquerda rejeitou essa imposição e não recebeu de braços abertos essa escória.

Em São Paulo, as vaias contra Ciro Gomes e as duas figuras desconhecidas do PSDB que discursaram na Avenida Paulista foram tão intensas que nem o poderoso sistema de som contratado para facilitar a vida dos golpistas foi capaz de abafar. O PSDB apostou na carteirada identitária e levou um homem e uma mulher negros para evitar as vaias, porém a manobra fracassou. Garrafas de água e latinhas de cerveja voaram em direção aos farsantes.

Ciro Gomes, que havia poucos dias tinha chamado Lula de canalha numa entrevista, quase provocou um quebra-quebra. Enquanto os militantes do PCO se limitaram a vaiar e entoar palavras de ordem, militantes da base do PT e da CUT trataram de escorraçar o “coronel” do ato. Outros, arrancaram as bandeiras do PDT que eram empunhadas por pessoas contratadas. O povo não aceita essa escória nos seus atos, não basta que as direções decidam isso unilateralmente.

Outro exemplo de decisão “por cima” que foi rejeitada pela militância aconteceu em Santa Catarina, onde a cúpula autointitulada “liderança” do movimento decidiu cancelar o ato na véspera, apoiando-se numa previsão de chuva. O Bloco Vermelho manteve a convocação e o ato ocorreu, nem a chuva ousou intervir.

O papel do Bloco Vermelho

Todas as manobras, tanto da esquerda quanto da direita, para despolitizar os atos Fora Bolsonaro e reduzir ao mínimo possível as suas pautas têm esbarrado no setor mais combativo da militância nas ruas, aqueles que não negam a sua cor na política, o Bloco Vermelho.

Como denunciamos entusiasticamente ao longo dos últimos meses, o verde-amarelo nas manifestações só serve para despolitizar e facilitar a infiltração da direita, representa a farsa do nacionalismo de fachada dos direitistas que vendem desavergonhadamente o patrimônio nacional enquanto encenam demagogicamente com esses símbolos vazios de conteúdo político. O Bloco Vermelho é uma barreira para essa farsa.

O apoio de parte expressiva dos ativistas que comparecem aos atos às posições impulsionadas pelo Bloco Vermelho mostra que é preciso reforçar ainda mais esse bloco. Contra Bolsonaro e toda a corja golpista da terceira via, nosso bloco defende Lula Presidente. Precisamos reforçar nossa organização para não sermos silenciados pelas “lideranças” do movimento que ninguém reconhece nas ruas.

III Conferência Nacional Aberta

Para organizar uma estratégia ampla de convocação e intervenção nos próximos atos Fora Bolsonaro, a coordenação dos comitês regionais definiu os dias 30 e 31 de outubro em São Paulo. É preciso agir decididamente sob o risco de vermos as manifestações naufragarem diante das capitulações da esquerda pequeno-burguesa.

Nossa meta é agrupar no mínimo 1.000 ativistas da luta contra o golpe nesses dois dias e lançar um programa político para mobilizar nacionalmente todas as organizações e pessoas que apoiam a nossa política para os atos.

Informe-se nos Comitês de Luta para participar. Fora Bolsonaro e todos os golpistas! Lula presidente!

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