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Passaporte da vacina

Caso Djokovic: a “ciência” como arma geopolítica do imperialismo

Presidente Sérvio denuncia perseguição política no caso da proibição do tenista Djokovic de entrar na Austrália

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Nessa pandemia, que já entra no seu terceiro ano com número de contaminação novamente em alta com as novas variantes, as potências imperialistas mostraram o quanto são incompetentes e gananciosas no quesito valorizar e salvar vidas. Além desse fracasso, agora utilizam da exigência ditatorial do passaporte da vacina para perseguir cidadãos e países pobres. Utilizam a “ciência” para perseguir cidadãos e países.

O caso do tenista sérvio Novak Djokovic, tenista número 1 da Associação de Tenistas Profissionais (ATP), escancara a perseguição que ele e a Sérvia vêm passando com a Austrália, um país capacho do imperialismo americano que negou a entrada do tenista no país. Crítico da vacina, um direito de qualquer cidadão, mesmo apresentando uma isenção médica referente à obrigatoriedade da vacinação contra Covid-19, Djokovic foi barrado e não poderá defender o título do Aberto da Austrália (que será realizado ente os dias 17 e 30 de janeiro), o qual o sérvio já ganhou nove vezes.

O presidente da Sérvia, Aleksandar Vucic, denunciou a perseguição política ao atleta:

“O que não é jogo limpo é a perseguição política (contra Djokovic), da qual participam todos, incluindo o primeiro-ministro da Austrália, fingindo que as regras são válidas para todos”.

Vários jogadores nas mesmas condições entraram no país, mas apenas Djokovic foi impedido. O atleta foi obrigado a se hospedar em um hotel e está esperando decisão judicial sobre seu caso. Djokovic havia alugado uma casa para permanecer no país durante a competição, mas teve que ficar no hotel cujas instalações não o estão agradando. As autoridades sérvias estão em contato com as australianas para que Djokovic possa ficar na casa alugada.

“Acho que esse tipo de fúria política sobre Novak vai continuar para que eles possam provar algo. Quando você não pode vencer alguém, então você se dedica a esse tipo de coisa”, criticou  Aleksandar Vucic.

A perseguição à Sérvia

A perseguição ao melhor tenista do mundo revela também a perseguição a um país pobre dos Balcãs, a Sérvia, que nutre ligações históricas com a Rússia – rival dos americanos na geopolítica e perseguida pela OTAN – e no ano passado sua população contestou a chegada do Grupo Rio Tinto ao país. O grupo é um conglomerado anglo-australiano, com sede em Londres, e explora minérios de ferro, alumínio, cobre, carvão, diamantes etc, com operações em mais de vinte países.

Em dezembro do ano passado, por três finais de semana, grupos ambientalistas protestaram contra os planos do governo direitista da Sérvia em permitir que o grupo abra uma mina(avaliada em US$2,4 bilhões) de lítio no país.

O governo sérvio, além de enviar ao parlamento uma lei de expropriação e emendas à lei de referendo (contestadas pelos ativistas), ofereceu recursos minerais aos investidores estrangeiros a fim de “impulsionar” o crescimento econômico. Mas os ativistas verdes da Sérvia acusam o projeto de ser poluidor da terra e da água num país que já sofre com a poluição industrial.

Durante as manifestações, manifestantes contrários ao projeto pararam o tráfego na rodovia do bairro Novi Beograd. “Não haverá trégua até que a Rio Tinto seja expulsa da Sérvia e até que a mineração de lítio … seja proibida permanentemente”, disse Aleksandar Jovanivic Cuta, chefe da organização cívica Revolta Ecológica.

Irene Radovanovic, estudante de Belgrado, disse que “Nós (devemos) nos defender desses projetos malucos que visam a construção de dezenas de minas na Sérvia”.

O caso Djokovic não se trata apenas de uma perseguição a um crítico do passaporte da vacina, que é mais uma ferramenta antidemocrática da burguesia mundial, uma arma do Estado arbitrário que define o que é “ciência” e sua falsa infalibilidade, mas também de uma perseguição imperialista ao povo da Sérvia que protesta contra a entrada de uma empresa monopolista anglo-australiana ao seu país, cuja exploração não traria nenhum benefício ao povo sérvio, que deve administrar suas próprias riquezas naturais.

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