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Abaixo às demissões em massa

Capitalistas da construção civil podem demitir 250 mil operários

750 mil trabalhadores para aumentar o contingente de desempregados no país, para barrar tal sorte de coisas somente com greve e ocupações

Em todo o país, os empresários da construção civil estão prestes a realizar uma devassa no setor e o plano é de demissão em massa. Vários estados já sinalizaram tal situação, os estado do Amazonas e Ceará são exemplos do que está começando a ocorrer.

A situação dos empresários da construção civil que, no final de 2020 vinham fazendo uma campanha de que o setor vai crescer muito mais em 2021, superando assim o ano anterior, no entanto estão preparando uma demissão em massa de centenas de milhares de trabalhadores, apenas no setor da construção civil.

Em reportagem da Agencia Brasil de 17/12/2020, a Câmara Brasileira da Indústria da Construção (Cbic) afirmava que depois de um ano de retração por causa da pandemia do novo coronavírus (covid-19), a construção civil deverá ter, em 2021, o maior crescimento para o setor em oito anos. A Cbic afirmava que, caso se confirmasse tal previsão, seria a maior expansão para a construção civil desde 2013, quando o setor tinha crescido 4,5%.

No entanto, A decisão do governo federal em sancionar o Orçamento de 2021 com vetos e cortes de verbas para ministérios trará sérias consequências para continuidade de obras da faixa (um) do Programa Casa Verde e Amarela (antigo Minha Casa, Minha Vida). Ao assinar o texto, o presidente da República cortou R$ 1,3 bilhão que era destinado ao programa.

Com o veto, que praticamente zera as despesas que estavam reservadas ao Fundo de Arrendamento Residencial (FAR), será paralisada como obras de 250 mil casas que hoje estão em construção no país, conforme levantamento da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC). O montante emprega diretamente, no país, em torno de 250 mil pessoas e outras 500 mil entre empregos indiretos e induzidos.

Um setor que tinha no mês de outubro cerca de 5.5 milhões de empregados, vai demitir, de uma hora para outra 14% de desse montante, o que equivalente a 750 mil e deixarão entre os trabalhadores e seus familiares sem renda, aumentando ainda mais o enorme contingente de desempregados já existentes do país, juntando-se aos 117 milhões que já estão sem poder se alimentarem diariamente.

A mentira dos patrões

Conforme o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) através da Pesquisa Nacional por Amostragem de Domicílios (Pnad) Contínua, o setor foi o que mais cresceu em relação à contratação de novos trabalhadores.

A imprensa capitalista em suas publicações nas redes sociais e nos sítios, como o Correio Brasiliense, por exemplo, divulgou que, “apesar dos efeitos da pandemia do novo coronavírus na economia, a construção civil tem sido a salvação para quem precisa de emprego. Além de não exigir alta qualificação, o que garante postos de trabalho para a camada economicamente mais vulnerável da população, o setor foi o que mais abriu vagas em 2020, tanto com carteira assinada quanto para trabalhadores informais ou por conta própria. Os especialistas asseguram que, superados os desafios de desabastecimento e alta nos preços dos insumos, a indústria da construção civil deve se manter aquecida, em 2021, e pode gerar mais 200 mil oportunidades de emprego este ano”.

No mesmo ano em que mais se via era reclamação dos empresários de vários setores, como o comercial, industriais e alimentos, incluindo agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura o falacioso governo reforça que houve crescimento, também nesses setores.

O governo golpista do fascista Bolsonaro, durante todo o ano ofertou aos empresários mais de R$1.2 trilhões, incluindo banqueiros e demais capitalistas, nesse ano, como já havia ocorrido em 2020 para arrumar mais dinheiro aos que foram agraciados com tamanho montante vão, mais uma vez, cortar na carne dos trabalhadores.

Diante dessa situação, como sempre viveram com o dinheiro dos contribuintes, ou seja, com o dinheiro do governo, o presidente da CBIC, José Carlos Martins vai buscar esse dinheiro no Congresso Nacional, se utilizando o argumento falacioso da preocupação com a demissão dos trabalhadores, mas que na realidade a única preocupação é da redução do lucro que poderão deixar de ter e nada mais, bem como, com o volume de suas contas bancárias.

35 horas semanais

Diante do estado de coisas imposto pelos patrões e seu governo, onde mais de 14% da classe trabalhadora estão sem emprego e 55%, o equivalente a 117 milhões da população sequer tem o que comer, é preciso uma mobilização para impedir essa situação devastadora e somente através da greve com ocupação das fábricas, bem como todas as instalações, etc.

Os capitalistas, logicamente, irão alegar que há crise. No entanto, na crise existem apenas dois lados: os patrões e os trabalhadores. É preciso defendem o interesse dos trabalhadores. Se há crise, são os empresários que devem arcar com ela ou entregar a empresa para o controle daqueles que produzem. Os milhões de trabalhadores precisam sobreviver.

Essa proposta, que é vital para os trabalhadores, tem condições de mobilizar as amplas massas. A situação no Brasil de Bolsonaro é insustentável. Essa é a proposta para lutar contra os golpistas e nesse sentido é um complemento à palavra de ordem de fora Bolsonaro. Não dá para passar mais nenhum dia sem uma campanha séria que ataque o desemprego de frente. Essa é a questão essencial da mobilização e do enfrentamento com a direita.

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