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vitor vitor muniz

Genocídio

Caos na vacinação pode levar a uma terceira onda de Covid

Burguesia mantém política de economizar com a população para prosseguir com o roubo da riqueza nacional para o exterior.

O Brasil aplicou a vacina totalmente em menos de 20% da população, o que significa que a grande maioria da população está exposta às graves complicações que podem advir da Covid-19. Falta vacina para a 2ª dose em todo o país e estima-se ainda serem necessárias 190 milhões de doses para completar a imunização da população. O país mantém uma média que não é menor que mil mortes diárias desde sempre, tendo ficado por muito tempo com mais de 2 mil mortes por dia e chegado a alcançar 4 mil mortes em 24h.

É sabido que nem o governo federal nem os governos dos estados se empenham como deveriam, nem na quebra da patente da vacina para produção nacional, nem na compra no devido tempo da vacina em quantidade satisfatória. Não houve preparo de leitos de UTI, de treinamento médico e hospitalar ou na compra de medicamentos usados nas internações. O Brasil nunca testou a população suficientemente nem nunca fez um isolamento adequado baseado em estudos de saúde pública. O resultado dessa falta de gestão da crise é a quantidade de mortos – 547 mil em números oficiais – e o sério risco que o país corre de uma nova grande onda, desta vez da variante Delta. A variante indiana já foi encontrada em várias cidades brasileiras, com destaque para o salto de casos na cidade do Rio de Janeiro.

Especialistas esperavam que a variante predominante no Brasil, a Gama, pudesse servir de colchão contra o impacto da variante indiana, mas não é o que está se observando. A Delta é mais transmissível que as outras variantes e se tornou predominante nos Estados Unidos e em grande parte da Europa. Na Indonésia, com menos de 10% da população totalmente imune, a Delta explodiu os casos e as mortes no país, que hoje é considerado o epicentro mundial dessa variante.

A contenção dessa nova variante teria que ser feita com testagem em massa, isolamento adequado das pessoas contaminadas tanto sintomáticas quanto assintomáticas e da vacinação abundante. Nada disso existe no país e nada indica que a burguesia irá conseguir ter êxito em qualquer dessas medidas tão cedo. Enquanto os casos da variante indiana ainda não estão na casa dos milhares, a solução seria possível, o que não poderia acontecer caso a doença se espalhe aos milhares.

Na Inglaterra, que imunizou a maioria da população liberando aglomerações e até estádio cheio na final da Eurocopa, o número de novos casos vem crescendo com a variante Delta. Porém não se observa o número equivalente de mortes, muito provavelmente devido à vacinação em massa alcançada pelo país imperialista. Em contraste, países pobres como Indonésia e Brasil, com pouca imunização completa da população, tendem a ter o número de mortes muito elevado com essa nova cepa da doença.

A burguesia faz uma campanha cínica na sua imprensa de que a população não estaria voltando para tomar a segunda dose. Uma baboseira sem tamanho que, assim como as notícias das aglomerações em festas, servem para transferir a culpa dos governos burgueses para o povo pobre. A verdade é que não há nenhum tipo de campanha de conscientização sobre as vacinas, também não há vacinas em abundância para o povo e nem sequer a aplicação das vacinas nas casas dos moradores, o que obriga o povo a se deslocar até um posto de vacinação definido pelos municípios. Isso quando as vacinas não são dadas apenas para pessoas que vão em seus veículos até os pontos de vacinação.

Países mais pobres que o Brasil como Cuba e Venezuela aplicam as vacinas nas casas dos cidadãos, enquanto que no Brasil, uma semi-colônia norte-americana, as aulas estão voltando em São Paulo e na Bahia. No estado do sudeste, governado por um fascista e psicopata, nada anormal. Porém, na Bahia, o governador do PT, Rui Costa, demonstra novamente que faz parte da ala direita do partido, obrigando professores que tomaram uma dose da vacina e alunos que não tomaram nenhuma, a voltarem às aulas presenciais. A pressão para a volta das aulas nas escolas particulares também é intensa.

Com a informação de que serão necessárias aplicações extras da vacina além da segunda dose, sendo que o país mal aplicou a primeira dose e com uma nova variante mais contagiosa que as outras adentrando as fronteiras do país, podemos esperar o aumento no número de mortes e as mesmas cenas de caos nos hospitais que já vimos anteriormente. Contra o genocídio da população brasileira devemos apostar na mobilização da esquerda e do povo nas ruas. Pelo Fora Bolsonaro, mas não somente. Também para retirar todos os golpistas e vencer o possível golpe militar que já estaria programado para acontecer em 2022 conforme divulgação escancarada e cínica dos próprios militares.

É preciso mobilizar o povo das periferias, os desempregados e os jovens, todos os que são esquecidos pela burguesia, a irem às ruas energicamente e cobrarem auxílio emergencial, moradia, trabalho e vacina. A mobilização popular precisa ser grande para alcançar esses objetivos e não pode ser descaracterizada com a infiltração da direita que quer se limpar às custas do povo nas ruas. Nada de verde e amarelo, nada de confundir o povo. Por Lula presidente em 2022 e por um governo realmente dos trabalhadores. Só assim avançaremos no caminho da derrubada do regime golpista e da construção do governo operário.

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