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A imunização como artifício

Burguesia “monitora” vacinação de trabalhadores nas fábricas

As empresas "ainda não sabem o que irão fazer" com aqueles indivíduos que, por alguma razão, não se apresentarem para o trabalho portando papéis que demonstrem estarem imunizados

Nas últimas décadas as relações entre Capital e Trabalho têm se modificado cada vez mais em desfavor dos trabalhadores. A burguesia vem aproveitando cada oportunidade, cada pretexto que a crise, engendrada pelo próprio capitalismo, produz para debilitar o proletariado em sua correlação de forças na luta de classes.

Mesmo as tecnologias de produção mais avançadas, que deveriam proporcionar mais tempo livre àquele proletariado, servem como instrumento de obsolescência do trabalho vivo, do elemento humano, em contraposição ao maquinário, aos robôs e computadores, essa espécie de exército de escravos, que vão expulsando dia a dia os operários de dentro das unidades de produção. Outras táticas, como a terceirização, as deslocações industriais, também vem sendo adotadas pelo patronato com esse mesmo propósito. Mais recentemente, uma verdadeira campanha de guerra psicológica está sendo movida pelos patrões para intimidar os trabalhadores. A falta de vacinas, além de permitir um maior desvio do caixa do Estado para os capitalistas, pode servir como desculpa para a dispensa dos trabalhadores. Para sermos mais diretos, é isso que a burguesia pretende utilizar contra os trabalhadores. As empresas “ainda não sabem o que irão fazer” com aqueles indivíduos que, por alguma razão, não se apresentarem para o trabalho portando papéis que demonstrem estarem imunizados. Segundo matéria do jornal O Globo, empresas já estão controlando a imunização dos funcionários porém “não sabem” como agir se houver recusa sistemática de se proteger do vírus.

O sórdido da situação é que se por um lado a burguesia coloca essa faca no pescoço dos seus empregados, por outro, nem essa mesma burguesia, nem os governos por ela instalados fizeram um esforço sério para fornecer imunização para a população. Até agora, menos de vinte por cento (18,5%) da população receberam as duas doses recomendadas das vacinas Coronavac, Astrazeneca, Pfizer ou a dose única da Janssen, segundo números fornecidos pelo IBGE. Enquanto isso, aos trabalhadores se continua exigindo que façam uso dos transportes públicos lotados e precarizados, aglomerem-se nos pontos de ônibus (lembremo-nos das “estações tubo” de Curitiba), nos veículos, nos locais de trabalho, nas escolas e creches.

Nesse momento, nos países centrais, como a França de Macron, a população se levanta em aberta resistência contra a política do “passaporte sanitário” que europeus e estadunidenses percebem como uma agressão aos seu direitos, uma imposição do tipo Big Brother sobre os indivíduos. Não surpreende que esse movimento, dos chamados “antivacs”, esteja sendo capitalizado politicamente pela extrema-direita na Europa e America do Norte. Em se tratando da burguesia e sua política de rapina, na luta pelo espólio do Estado, todos os artifícios estão dados. Não se sabe como as empresas e fábricas atuaram quanto à vacinação dos funcionários; mais uma coisa é certa: a política dos capitalistas não serve aos empregados.

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