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Dia da nacionalidade catalã

Barcelona em luta contra polícia pela independência

Manifestantes entram em confronto com a polícia e vaiam o moderado primeiro-ministro catalão nas maiores manifestações europeias desde o começo da pandemia

Os atos do dia 11 de setembro na Catalunha estão sendo considerados as maiores manifestações desde o início da pandemia em toda a Europa. Também foram as primeiras manifestações desde a liberdade dos 9 presos políticos catalães que haviam sido presos em virtude da realização de um referendo de independência que foi realizado no ano de 2017.

Tradicionalmente, ocorre no dia 11 de setembro a festa conhecida como “La Diada”, dia nacional da Catalunha. A data, no entanto, não é somente uma festa, mas também um dia nacional de luta do povo catalão por sua independência. Nesse sábado, há indicações de que cerca de 400 mil pessoas participaram de La Diada, segundo os organizadores. Outras organizações indicam um número ao redor de 100 mil, no entanto.

A festividade ocorreu em um dos momentos mais incendiários da Catalunha, dias antes do encontro entre o Estado espanhol e partidos nacionalistas catalães para resolver os impasses na região. O partido que domina a Catalunha atualmente, o ERC, aposta nas mesas de negociação com a Espanha para a realização de um novo referendo de independência.

No entanto, o partido de Carles Puigdemont (Juntos por Catalunha), principal liderança do referendo de 2017 e vítima de um golpe de estado logo após a realização da consulta popular pela independência, aposta no boicote às mesas de negociação em virtude de uma política intitulada de “unilateral”, ou seja, que busque a independência sem se sentar para conversar com Madrid.

A posição de unilateralidade é extremamente aceita pelo povo catalão, que não deseja a realização de um novo referendo, mas sim o cumprimento do resultado da consulta de 2017, que deu a vitória para a independência da Catalunha.

Os atos deste sábado acabaram por jogar lenha na fogueira da política de unilateralidade e refutação da frente ampla entre Madrid e o governo catalão. A palavra de ordem adotada pelos manifestantes era “Lluitem i guanyem la independència” (lutem e ganhem a independência), evidentemente, contra a política de aliança com o governo. Inclusive, o presidente da Generalitat, Pere Aragònes (ERC), foi o primeiro presidente da Catalunha a ser xingado durante uma Diada em toda a história, por conta da política de aliança com o Estado espanhol.

As manifestações, além de grandes, foram extremamente radicalizadas. A população, acostumada a sofrer a repressão da violenta polícia catalã, os “mossos”, descontou a repressão sofrida e partiu para cima da polícia.

https://twitter.com/Natalie__Lis/status/1436754205616877572

A radicalização da população durante os atos e a refutação de uma aliança com Madrid acenderam o sinal de alerta na burguesia espanhola e de todo o imperialismo europeu. Na Catalunha, a polícia escreveu uma nota criticando a política de segurança catalã, dizendo que é necessário responder com força os manifestantes catalães. Ou seja, a polícia indica que seria necessário reprimir a população para impedir que os catalães consigam sua independência pela força.

Jornais em toda a Europa repercutiram as manifestações na Catalunha. O jornal suíço Wil24 disse que os manifestantes querem a independência, mas que Pedro Sánchez (PSOE), primeiro-ministro espanhol, não está disposto a permitir a independência e que o máximo que os catalães irão conquistar será um pouco mais de autonomia.

A situação, portanto, ruma para um enfrentamento cada vez maior por parte dos catalães contra o Estado espanhol, rejeitando a política de negociação com o governo de Pedro Sánchez e fazendo a mobilização aumentar nas ruas, única forma de se conseguir a independência.

A luta dos catalães tende a animar a luta da classe operária e de todos os oprimidos em toda a Europa e será um golpe gigantesco contra a dominação mundial do imperialismo caso a população seja vitoriosa. O imperialismo fará de tudo, portanto, para impedir que a independência da Catalunha aconteça e usará de todas as armas, inclusive a força, o fascismo e a tentativa de uma ditadura mais brutal para alcançar seus objetivos.

Somente a luta nas ruas garantirá na Catalunha a independência que a população tanto deseja.

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