É preciso ir aos trabalhadores

É preciso intensificar campanha por novas mobilizações

É preciso ir às fábricas, aos centros urbanos e as periferias, panfletar junto a classe trabalhadora convocando para as manifestações e buscando criar uma mobilização geral

Nesse dia 24 milhares de pessoas saíram mais uma vez nas ruas de todo país, como também em cidade do exterior. No total, o número de manifestações confirmadas pela Central Única dos Trabalhadores (CUT) ultrapassou as 500 cidades, um grande número que demonstra que as manifestações chegam ao seu quarto dia sem perder força.

Mesmo com a campanha inexistente e o boicote realizado pelas organizações da esquerda pequeno-burguesa, sobretudo os defensores da frente ampla, a população saiu às ruas pelo Fora Bolsonaro e por Lula Presidente. O boicote foi visível no principal ato do País, em São Paulo, onde PCdoB e PDT, junto com o PSDB, decidiram chamar um ato à parte, muito longe da concentração realizada no MASP, que também ficou isolada de outra concentração, convocada pelas chamadas centrais.

Em outras cidades, fenômeno semelhante ocorreu, no entanto, foram longe de ser suficiente para interromper a continuidade das manifestações. Nas bases, os manifestantes encontravam-se ainda mais radicalizados, a presença do Bloco Vermelho, que concentrou milhares em todo o País, serviu para dar o tom da manifestação, onde milhares de pessoas levaram as suas bandeiras vermelhas às ruas e saíram sobretudo na defesa da candidatura do ex-presidente Lula, vaiando os defensores da terceira via e tomando conta da manifestação.

Foi marcante a presença expressiva dos blocos em defesa da candidatura de Lula, seja de ativistas em geral como também militante de base do PT que, juntos com o PCO, levaram a política por Lula Presidente às manifestações. Toda esta campanha foi uma importante barreira à tentativa de avanço da infiltração direitista nas manifestações. Em todos os atos, a presença de partidos de direita, como PDT, PSB e principalmente PSDB, foi vista de forma quase que inexistente. Em São Paulo, para participar do ato, o PSDB não levou suas bandeiras e foi obrigado a se camuflar no bloco organizado pelo PCdoB e PDT, que serviram de segurança dos tucanos na manifestação.

Já em Florianópolis e no Rio de Janeiro, onde o PDT lançou-se em uma campanha de calúnias contra o PCO visando sua expulsão da Frente Fora Bolsonaro, o Bloco Vermelho respondeu à altura e levou centenas de pessoas às ruas. Em contrapartida, ao rápido crescimento do PCO nas manifestações, o PDT reduziu consideravelmente de tamanho e se viu isolado em todas as manifestações mostrando seu caráter totalmente impopular e farsesco.

Dessa maneira fica cada vez mais evidente que a população brasileira se desloca ainda mais à esquerda, contra qualquer iniciativa de aliança com a burguesia e na defesa da candidatura do ex-presidente Lula.

Contudo, ficou também visível em todas as manifestações a falta de uma real convocação da população. Em todos os lugares os atos sequer foram convocados, pouco se viu em cards na internet e muito menos em campanhas de rua. Os avisados foram os mesmos seletos grupos de pessoas próximas às organizações partidárias e membras das direções sindicais, a população trabalhadora pouco foi informada das manifestações.

Tudo isso ocorre pois a esquerda pequeno-burguesa, defensora até pouco tempo da política do “fique em casa” vai às ruas apenas por ser obrigada pela explosão social, contudo, não tem política alguma para o desenvolvimento do movimento e não pretende expandir as mobilizações. Frente a este problema, é necessário que o principal partido da esquerda, o PT, e Central Única dos Trabalhadores, tome a frente e decida por realizar verdadeiras campanhas de rua convocando novas mobilizações e inclusive preparando uma greve geral.

É preciso ir às fábricas, aos centros urbanos e as periferias, panfletar junto a classe trabalhadora convocando para as manifestações e buscando criar uma mobilização geral dos trabalhadores. É preciso chamar assembleias nas categorias, e coloca-las junto ao movimento que desde maio vem tomando às ruas de todo país.

Nas universidades é preciso convocar todos os estudantes e organizar de fato o movimento estudantil para levar a frente a derrubada de Bolsonaro. Por fim, é preciso também começar a organizar um primeiro dia de greve geral, convocada pela CUT, dando assim um passo fundamental na organização e no desenvolvimento da mobilização.

Por isso, a campanha precisa decolar e crescer, é preciso tomar as ruas de maneira constante, diária, junto aos trabalhadores.

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