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Rafael Dantas

Membro da Direção Nacional do PCO e diretor de redação do Jornal Causa Operária.

Calúnias e histeria...

Atacam o PCO… ainda bem! Seria preocupante se nos elogiassem

O que a direita e a esquerda pequeno-burguesa dizem a nosso respeito em público (e, mais ainda, às escondidas) transborda verdadeiro ódio e indignação... e isso é bom!

Não é fácil para a burguesia e a esquerda pequeno-burguesa lidarem com o fato de que o PCO existe. Já não digo compreender nossa política – empreitada na qual fracassam antes mesmo de tentar – mas mesmo suportar a ideia de que existe um partido de esquerda cujas ideias são independentes, desvinculadas, livres dos preconceitos burgueses e pequeno-burgueses hipócritas. 

O que dizem a nosso respeito em público (e, mais ainda, às escondidas) transborda verdadeiro ódio e indignação. É para nós, revolucionários marxistas, um regalo acolher na forma dos impropérios, acusações e calúnias o reconhecimento tão sincero de nossos adversários pelo importante papel que cumprimos. 

Não poderia ser diferente. 

O PCO é mesmo um enigma para os escribas do deserto intelectual que são os jornais burgueses e para os intelectuaizinhos escravizados por essa laia. E tem sido assim desde o início da década passada, quando nosso partido foi o primeiro a denunciar que estava em marcha um golpe de Estado… em 2013! Com a luta que travamos nesses oito anos, jogamos sal nas feridas abertas da esquerda e da direita quando denunciamos e lutamos contra o impeachment de Dilma, a prisão de Lula e a consequente fraude eleitoral de 2018. 

Agora não é diferente. Ninguém chuta cachorro morto. Neste momento em que agrupamos e impulsionamos importantes forças na esquerda – que vão muito além das nossas próprias forças – contra o governo Bolsonaro (desde 2018) e denunciamos a terceira etapa do golpe, a nova fraude eleitoral da “frente ampla” que leva à “terceira via” e, finalmente, à eleição de um tucano ou um inimigo do povo qualquer, somos mais uma vez alvo da histeria dos verdadeiros craqueiros eleitorais da esquerda pequeno-burguesa. 

Tudo o que temos dito nos últimos meses é pretexto para a surpresa fingida e as exclamações simuladas. Por quê? Porque não nos colocamos a reboque da “opinião pública” formada pelo monopólio capitalista dos meios de comunicação do nosso país. 

Foi assim quando expomos a dura realidade de que toda a esquerda pequeno-burguesa brasileiras se colocou de joelhos e beijou os pés do democrata Joe Biden e dissemos: vem aí um governo pior, muito pior, do que o do fascista Donald Trump. “Ooooh! O PCO apoia o Trump”.

Invertem a chave quando saímos em defesa do ex-presidente Lula, de sua candidatura presidencial como um instrumento de luta dos trabalhadores e oprimidos contra o golpe de Estado. Os esquerdistas que rastejaram diante da Lava Jato e que aplaudiram Sergio Moro disseram: “o PCO é lulista. Instrumento do Lula. É pago pela CNB.”

No momento em que nos opusemos ao seguidismo de toda a esquerda pequeno-burguesa da política de “fique em casa e morra sem lutar” dos governadores “científicos” ouvimos: “loucos e irresponsáveis! Vocês do PCO querem matar todo mundo de covid!”

500 mil mortos depois, quando a esquerda resolveu que “é hora de sair às ruas”, lutamos para que as manifestações populares pelo “fora Bolsonaro” não fossem sequestradas pela direita. A direita acusou-nos de violar o sacrossanto direito da burguesia de levar todo mundo no bico, de infiltrar o PSDB e diluir a luta em um ato “cívico”. A esquerda seguiu atrás, aos prantos, exigindo nossa cabeça. “Ai ai ai! O PCO é violento! Onde já se viu bater no PSDB? Que coisa feia! Tsc tsc tsc.” Isso mais as calúnias podres como a de que nosso partido roubou celulares, espancou mulheres e crianças e agrediu de forma machista a ex-presidenta Dilma Rousseff e as mulheres que lutavam pela anulação do seu impeachment. 

Quando todos, da burguesia “liberal” aos pequenos burgueses pseudorrevolucionários, aplaudem uma maquinação como o incêndio da estátua do bandeirante Borba Gato, denunciamos a manobra e o conteúdo “identitário” e pró-imperialista da operação. “Ui ui ui! O PCO apoia os bandeirantes genocidas, estupradores e escravocratas!”

Se defendemos o voto impresso e a possibilidade de auditoria das eleições pelo simples cidadão – e não apenas pelo especialista em tecnologia da segurança – como um direito democrático do cidadão: “Credo! Que atraso! Vão defender também a volta da ficha telefônica?”

Como nos opomos à extinção de garantias das liberdades democráticas (como a imunidade parlamentar) e às prisões e processos ilegais contra um Daniel Silveira, um Danilo Gentili ou um Roberto Jefferson, “esquecem” deliberadamente que também somos contra a detenção e a perseguição de Paulo Galo, Rafael Braga, Césare Battisti e, claro, a criminosa prisão do ex-presidente Lula e vociferam: “o PCO só defende a direita! São bolsonaristas de esquerda!”

Nem falar da defesa que fazemos do futebol brasileiro, que desperta o ódio de quem assiste à ESPN, elogia o futebol americano e paga para assistir em pay-per-view o campeonato europeu – “o PCO ama o Neymar”. 

E do Robinho, lembram? – “o PCO defende estupradores.”

Agora, vimos mais do mesmo quando reconhecemos antes de mais ninguém no Brasil que a derrota do imperialismo no Afeganistão é uma vitória não só do Talibã (por óbvio) como de todos os oprimidos na luta contra os maiores inimigos da humanidade. “Nossa! O PCO apoia o Talibã, inimigo da democracia, das mulheres, dos LGBTQQICAPF2K+, das crianças, da paz, das calças jeans e da aguardente!” 

Um blogueiro paraibano desconhecido, Heron Cid, tentando obter cinco minutos de fama à nossa custa, cravou a melhor definição: “PCO, o Talibã brasileiro”. Realmente capturou a essência da questão. Nem a direita, nem a esquerda que a direita gosta têm afeto pelo nosso partido. Pelo contrário, têm ojeriza, assim como bons defensores do imperialismo têm e tiveram ojeriza ao Talibã, ao Hamas, a Saddam Hussein, a Bin Laden, a todos que ousaram jogar uma pedra, lançar um foguete ou disparar contra as tropas norte-americanas invasoras.

Não há o que lhes dizer a não ser: obrigado, muito obrigado, senhores jornalistas marrons, Reinaldo Azevedo, Matheus Leitão, Renato Rovai e outros.

À tucana Folha de S.Paulo, à reacionária revista Veja e à rádio fascista Jovem Pan e tantos outros, o nosso sincero agradecimento.

Aos escandalizados cabos eleitorais de Ciro Gomes, do PCdoB, agradecer-lhe por sua generosidade é um orgulho.

Aos identitários do PSOL e congêneres, gratidão, namastê! 

A todos os pequeno-burgueses que seguem bovinamente o que pensam seus opressores, só temos mesmo que agradecer pois com seu doce rancor, sua indisfarçada antipatia e repulsa às nossas ideias e à nossa conduta política prestam-nos imenso favor: demarcam com clareza o terreno, separam o proverbial joio do trigo. 

Do lado de cá, estão os “malucos” do PCO, que sabem de que lado ficar diante de um golpe de Estado, que se opõem a um regime que de democrático só tem o nome, que defendem de maneira irredutível os direitos democráticos do povo e os interesses da classe operária, que são intransigentes opositores do imperialismo mundial e norte-americano, em particular. 

Do lado de lá, refugiam-se os submissos defensores da máquina de triturar povos que são o imperialismo norte-americano e seus aliados “democráticos”. Estão os bajuladores do “saber”, prostrados diante do altar da “ciência” de quem deu golpe da vacina para preparar a campanha eleitoral de 2022. Abrigam-se os servis defensores da ditadura disfarçada de democracia em que vivemos. Escondem-se os obedientes servos da burguesia, dos exploradores e parasitas da humanidade com suas ideiazinhas geniais decoradas e repetidas à exaustão.

Faço minhas as palavras de um arguto observador, uma pessoa simples, não um medalhão da ”cultura“, no Twitter: “Na mesma semana o Reinaldo Azevedo e a revista Veja atacaram o PCO.  Ótimo sinal.  Eu estaria muito preocupado se ambos tivessem elogiando o PCO.” Eu também.

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