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As importantes lições da greve dos garis

Mesmo com os ataques da imprensa, do judiciário, da prefeitura, da polícia e da UGT, que controla o sindicato pelego, os garis seguem com a greve lutando por seus direitos.

Após uma longa jornada de lutas que se iniciou em setembro de 2021 os garis, trabalhadores da limpeza urbana, do Rio de Janeiro declararam greve em uma enorme assembleia no bairro de Guadalupe na Zona Oeste. Os trabalhadores passaram por cima do peleguismo do sindicato, controlado pela direita há 30 anos, e das falsas promessas do prefeito fascista Eduardo Paes.

A greve se iniciou na segunda-feira dia 28/03 e segue até hoje apesar de todas as manobras. É preciso seguir os passos dos garis e mobilizar pela conquista dos direitos dos trabalhadores, independente das vacilações dos sindicatos e da esquerda.

A mobilização dos garis do Rio de Janeiro se iniciou devido a falta de reajuste dos salários por três anos diante de de uma altíssima inflação e também pelo corte do plano de saúde, importantíssimo para a categoria que trabalha diretamente com todo tipo de resíduo insalubre. Os primeiros atos foram em frente ao sindicato, que se recusou a mobilizar a categoria, e também em frente a sede da empresa, a Comlurb, que se recusou a receber os trabalhadores. Depois a mobilização foi marcada para a prefeitura, que fechou suas portas e posteriormente para o Ministério Público do Trabalho, onde a reação foi a mesma, tudo isso ainda  o final de 2021.

Com a chegada de 2022 se inciaram novas mobilizações, o primeiro ato foi ainda em janeiro em Copacabana, com a participação especial da Bateria Zumbi dos Palmares, que foi um destaque em todas as manifestações desde a primeira. Mas foi no final de março que as grandes mobilizações voltaram com a assembleia que deliberou pela greve. Ela se iniciou na segunda dia 28/03 já sobre forte ataque do prefeito que passou a criminalizar acusando os garis de “marginais travestidos de sindicalistas”.

Para acabar com a greve ele também contratou diversos terceirizados para impedir a acumulação do lixo, os garis por sua vez organizaram piquetes para impedir o trabalho.

Outro fator de repressão a greve foi a justiça, o TRT imediatamente após a assembleia estabeleceu uma multa de 200 mil reais por dia para o Sindicato caso não houvesse presença de 100% no trabalho. O mesmo tribunal conseguiu impedir o avanço da greve dos rodoviários por meio dessa multa ditatorial, que já é de praxe em todo o Brasil. A justiça pôs um fim ao direito de greve por meio dessas multas absurdas, que na prática tornam ilegal que os trabalhadores paralisem seu trabalho para conquistar os seus direitos.

O sindicato pelego também passou rapidamente a sabotar a greve, na manhã da sexta feira (1/4) o Sindicato dos Empregados de Empresas de Asseio e Conservação do Município do Rio (Siemaco-Rio) publicou um informe tentando acabar com a greve. O motivo para não lutar? A chuva! Ao invés dos trabalhadores seguirem lutando por seus direitos e aproveitar que o clima está a seu favor aumentado o problema do lixo se acumulando nas ruas, eles deveriam abandonar a greve para limpar a cidade, de acordo com os pelegos, ligados 0à UGT. O sindicato atua na prática como uma secretaria da prefeitura de Eduardo Paes.

Os garis por sua vez ignoraram a orientação. Na realidade um dia antes, na quinta feira uma assembleia surpresa havia sido chamada pelo sindicato também na tentativa de desmobilizar a greve mas a manobra não funcionou. Os trabalhadores votaram a nova assembleia e votaram a favor da continuação da greve e por um grande ato da Central do Brasil até a sede da Prefeitura, o que aconteceu no dia 1º de abril, substituindo o tradicional ato contra a ditadura militar e o transformando em um ato contra a ditadura do fascista Eduardo Paes.

Outra linha de ataque contra a mobilização dos garis é a própria imprensa burguesa, a partir da nota do sindicato ela passou a noticiar a farsa de que a greve havia acabado, isso em conjunto com a manobra dos terceirizados fura greve limpando as ruas. Toda a direita se une contra os garis, a imprensa, o judiciário, a prefeitura, a polícia, a UGT que controla o sindicato. Enquanto isso a esquerda nada faz, com exceção do PCO e de poucas organizações, como o Circulo Laranja, a oposição sindical que está na direção da mobilização.

Mesmo com a burguesia jogando força total contra os garis a mobilização segue, e para que seja vitoriosa ela precisa se radicalizar! É preciso manter a greve sobre o controle total dos trabalhadores até a conquista das reivindicações de 25% de reajuste dos salários e 25% de reajuste do tíquete de alimentação. É preciso formar comandos de greve de base e uma comissão de negociação  representativa dos trabalhadores eleita em assembleia para que a categoria não seja mais uma vez traída pelos sindicalistas pelegos a serviço da prefeitura.

Por fim é preciso unificar a luta dos garis com a luta de todos os trabalhadores, manter a mobilização e se juntar aos rodoviários e os motoristas de aplicativo que já estavam se mobilizando na mesma semana, os petroleiros, os eletricitários etc.

Toda a classe operária nacional deve se levantar e lutar por seus direitos e pela derrubada do regime golpista, por Lula presidente e por um governo dos trabalhadores!

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