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Manobra política

A aliança da direita e dos pelegos para destruir a mobilização

Direita conspira contra o movimento, é preciso derrotá-la para que o movimento fora Bolsonaro possa ser vitorioso

A direita nacional, em aliança com setores imperialistas, segue tentando sequestrar a mobilização da esquerda e dos setores populares surgida em torno da campanha fora Bolsonaro, principal fato político do último período. As articulações de bastidores e conspirações contra o movimento e contra as reivindicações operárias e populares que nele se expressam, parece à luz do dia camuflada, sob a forma de suposta adesão da direita ao fora Bolsonaro e ao impeachment. Isto é, sob a forma da constituição da frente ampla. Nesta semana, um personagem abjeto da política brasileira, Roberto Freire, presidente do Cidadania, que é um apêndice do PSDB, anunciou em suas redes sociais a formação de uma nova coalizão “democrática” e que ela estará presente em todos os atos por fora Bolsonaro.

Na coalizão “democrática” estão PSDB, PDT, PSB, além do próprio Cidadania, todos partidos de direita, tendo a frente, evidentemente, o PSDB, principal representante do imperialismo no país. Constam ainda movimentos como Livres, organização neoliberal que compunham o PSL, partido pelo qual Bolsonaro se elegeu, e que agora se coloca como suprapartidária, defendendo a plataforma neoliberal nos partidos de direita. Também o movimento Agora, intuição de lobby neoliberal, escondida por de trás do suposto aconselhamento de políticas publicas, órgão com apoio, inclusive, do capital internacional, e o movimento Acredito, criado por grandes capitalistas para “formar” novas lideranças políticas, que serão seus funcionários nos cargos legislativos, movimento da qual é representante a direitista Tabata Amaral.

Segundo Freire, ainda centrais sindicais participam de tal coalizão. Não cita quais, mas não é necessário, pois sabemos bem: a patronal Força Sindical e outras “centrais” oportunistas que não representam efetivamente a classe trabalhadora brasileira. Essa santa coalizão da direita, qualificada por si mesma de “democrática”, é talvez mais nociva e assustadora para classe operária, para os camponeses pobres, para os oprimidos em geral, para a economia do país, para todo o povo brasileiro, que o próprio governo Bolsonaro.

Essa coalizão antidemocrática, por meio de Freire, afirma que irá participar de todos os atos por fora Bolsonaro, tanto os da esquerda, quanto os da direita, chamados pelos fascistas do MBL e outros movimentos desta estirpe.

Mesmo após ser amplamente rechaçada pela base do movimento, notadamente a expulsão do PSDB do último ato em São Paulo e o gigantesco apoio que essa ação recebeu por parte da base do movimento, embora setores minoritários das direções da esquerda continuem estendendo-lhes a mão, a direita insiste em participar da mobilização da esquerda. Qual seria o motivo de tal insistência, seria um compromisso sólido com a “democracia”, ameaçada por Bolsonaro?

Evidentemente que não! Trata-se de partidos golpistas e que pavimentaram o caminho do poder à extrema-direita. A política da direita é se infiltrar nos atos para descaracterizá-los, dominá-los, coibi-los, tornando-os palanques eleitorais para a terceira via, isto é, para o representante do neoliberalismo que querem colocar no poder, caso possível, em suma, querem destruir o nosso movimento.

Ao entrar nos atos a direita, os mandantes dos mais de 6 mil assassinatos cometidos pela PM em 2020, ao entrar o verde-amarelo, os organizadores do golpe de 2016, os responsáveis pela crise econômica que jogou milhões de volta na miséria, sairão sem demora das ruas o vermelho, as reivindicações populares, os operários, os negros, a juventude combativa, os setores populares populares e camponeses vitimas diárias dessa direita, que corretamente se recusam a formar uma frente que possibilite que seus inimigos adquiram mais força para os oprimir com maior vigor. É um estelionato, a pretexto de unir forças, a direita entra no movimento para debilitar, desmobilizar, enfraquecer a esquerda e o povo.

Os conciliadores e oportunistas da esquerda lançam o grito de sectarismo contra os que denunciam a pérfida intenção da direita, acusam de não aceitar compromissos estratégicos momentâneos em nome de um bem maior. Um compromisso de um partido, de um movimento com outro distinto, a renúncia temporária de determinadas reivindicações somente pode ser efetivado se existir um objetivo comum a ser alcançado. Quando esse objetivo não é a finalidade das partes, não há compromisso possível. O movimento quer derrubar Bolsonaro, a direita quer preservá-lo da queda violenta, o movimento quer uma saída popular, a direita uma saída antipopular, nesse quadro, nenhum compromisso pode ser firmado entre os polos, porque o interesse de um depende da derrota do outro.

A direita não quer derrubar Bolsonaro. Se o quisesse, trataria de orientar sua bancada no Congresso Nacional pressionar pela derrubada do governo, de fazer campanha na imprensa capitalista pela derrubada do governo, utilizar seus recursos econômicos para tal intento. A direita não tem base social, não contribui em nada na mobilização de rua. Assim a esquerda faria seu papel mobilizador e a direita, a burguesia usaria a força que tem, que é o poder do capital, mas não é isso que ocorre, a direita tradicional não faz absolutamente nada contra o governo Bolsonaro, a não ser teatro, para parecer ser contrária, mas vota com Bolsonaro e de maneira alguma pressionar pela derrubada do governo, como fizeram contra o PT, por exemplo. Mas, sem ter base social nenhuma quer aparecer nos atos e na mobilização e influir sobre eles. Evidentemente um golpe. Para que o movimento possa prosseguir no seu objetivo fundamental é preciso derrotar a direita tradicional, o que deixará ainda mais fraco o bolsonarismo, que é protegido por ela.

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