Durante uma fiscalização da Gerência Regional do Ministério do Trabalho e Emprego de Patos de Minas, 90 pessoas foram encontradas realizando trabalhos análogos à escravidão nas localidades de Iraí de Minas e em Campos Altos – três deles eram adolescentes.
Todos os trabalhadores são nordestinos que vieram para trabalhar em Alto Paranaíba. Eles foram encontrados trabalhando em fazendas produtoras de café e palha com condições de vida consideradas degradantes, sem acesso a água potável e dormindo no chão de alojamentos. As 50 pessoas encontradas em Iraí vieram do Maranhão, enquanto as outras 40, encontradas em Campos Altos, vieram de Alagoas.
Essa é mais uma prova de que o fato de existir uma legislação sobre um assunto não significa que ela está sendo cumprida, e que a tendência ao abafamento da notícia por parte dos grande meios de imprensa é muito provável, considerando que os responsáveis são fazendeiros da região e suas identidades não foram divulgadas.
Minas gerais há tempos lidera o ranking de “resgatados da escravidão”, tendo tido mais de 400 pessoas resgatadas em abril deste ano.