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Uma retrospectiva dos atos

5 meses de manifestação contra a sabotagem da frente ampla

O motor dos atos é a classe trabalhadora, em completo antagonismo com a frente ampla com a burguesia

Neste dia 29, as manifestações pelo Fora Bolsonaro estão completando 5 meses desde seu inicio, iniciadas no mês de maio. Em meio a pressão da direita golpista e da esquerda pequeno-burguesa defensora da frente ampla, contra o movimento dos trabalhadores, é ainda mais importante compreender o que levou a população brasileira sair às ruas contra o regime golpista, e realizar seis atos pelo Fora Bolsonaro em plena pandemia.

Antes de maio de 2021, a esquerda brasileira se encontrava em uma paralisia nunca antes vista. Os dirigentes dos principais partidos da esquerda assim como sindicalistas e organizações populares se colocaram na politica reacionária do “fique em casa”, acompanhando a politica do principal setor da burguesia brasileira.

Enquanto a população brasileira passava fome e era brutalmente assassinada pelo governo golpista, a esquerda havia imposto uma enorme paralisia em todo movimento. Sair às ruas era um crime, os trabalhadores eram obrigados a trabalhar mas impedidos de protestar. Contudo, graças a ação sobretudo do Partido da Causa Operária, a única organização que manteve um trabalho politico nas ruas com os trabalhadores, a situação passou a se alterar.
Contra tudo e todos, o PCO realizou o único ato de primeiro de maio em 2021 no Brasil.

Os fascistas tomavam a Avenida Paulista com o chamado de Bolsonaro e os trabalhadores estavam prestes a ver um primeiro de maio sem manifestações da esquerda, apenas com a extrema-direita nas ruas. Isso apenas não ocorreu graças ao ato nacional de primeiro de maio convocado pelo PCO na Praça da Sé, em São Paulo. Reunindo cerca de duas mil pessoas, entre militantes da esquerda, ativistas e trabalhadores, este representou o primeiro grande ato de 2021 de toda a esquerda, superando as barreiras impostas pelas direções da esquerda pequeno-burguesa e de seus sindicatos.

Com o ato de primeiro de maio, a situação rapidamente mudou. O ato convocado pelo PCO estimulou mobilizações em todo país, mostrando na prática que era possível protestar na pandemia e superar a paralisia da esquerda.
Com isto, no fim de maio, a recém-formada, Frente Fora Bolsonaro, composta pelos principais partidos da esquerda, decidiu convocar o primeiro dia de mobilização nacional dos trabalhadores pelo Fora Bolsonaro. Com atos pouco convocados e uma organização que sofria com grandes pressões das próprias direções do movimento, muitas que não queriam as manifestações mas se viam forçadas a sair às ruas para não serem ultrapassados pela crescente radicalização dos trabalhadores. Mesmo assim, graças à pressão da mobilização, centenas de milhares de pessoas saíram às ruas em todo país, impondo uma importante vitória do movimento dos trabalhadores.

Após isso, as manifestações cresceram rapidamente, atingindo 500 cidades no Brasil e chegando até mesmo no exterior. Os partidos defensores do “fique em casa” já não eram mais capazes de conter a grande revolta popular que estourava pelo país. Assim, a partir do dia 3 de julho, na terceira manifestação nacional pelo Fora Bolsonaro, os defensores do “fique em casa” e da frente ampla com a direita, decidiram organizar um golpe contra o movimento e infiltrar os golpistas nas manifestações.

Os tucanos apareceram em São Paulo convocados por esta política encabeçada por PSOL e PCdoB, e em todo país, os frente amplistas passaram a defender o verde e amarelo no interior do movimento. Contudo, militantes do PCO e de outros organizações escorraçaram nas ruas os fascistas. Na Avenida Paulista, os “militantes” do PSDB foram expulsos a força da manifestação, quebrando a iniciativa da frente ampla.

A partir deste momento, os partidos frente amplistas passaram a boicotar abertamente as manifestações, criaram um fórum paralelo com os golpistas, apoiaram atos como o do dia 12 com PSDB, PSL e MBL, organizações fascistas e que garantiram que Bolsonaro fosse eleito, como também que o golpe de estado fosse consumado. Todos estes fatores foram somados a campanha orquestrada pela imprensa burguesa de que os atos só poderiam crescer com a presença da direita nas manifestações. Uma completa farsa, como pode ser visto nos atos coxinhas do dia 12.
Esta situação revelou que o real motor das manifestações é a revolta da classe trabalhadora, organizada e impulsionado pelos setores militantes da esquerda, como o PCO, comitês de luta, entre outros, que estão de fato nas ruas mobilizando a população. A frente ampla representa um grande ataque à está mobilização, que poderá apenas ser expandida com uma intensa mobilização dos trabalhadores.

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