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1º de Dezembro de 1955, a negra Rosa Parks se recusa a ceder seu assento no ônibus a um branco

No dia 1o de dezembro de 1955, Rosa Louise McCauley, uma costureira que ficou conhecida por Rosa Parks, num ato de coragem e grandeza decidiu se impor contra o regime de segregação racial nos EUA.

Rosa Parks vivia na cidade de Montgomery, capital do estado do Alabama, onde vigoravam leis racistas, cujas funções eram submeter o povo preto a condições degradantes de vida e criar uma massa de trabalhadores vulneráveis e expostos à exploração do sistema capitalista, impossibilitando ou pelo menos dificultando de forma decisiva a possibilidade de ascensão social.

No referido dia, Parks se negou a levantar de seu assento (destinado a negros) num ônibus de transporte municipal público e ceder lugar a um branco. Por isso acabou presa pela polícia, que exatamente como nos dias atuais, utiliza-se da mão de obra de fascistas que não se incomodam em atuar como traidores de sua própria classe.

O ato de coragem da costureira deu origem a uma série de movimentos organizados pelo fim das leis de segregação racial nos EUA. O primeiro deles ocorrendo três dias após a prisão absurda de Rosa Parks, quando os negros da cidade de Montgomery decidiram por boicotar os ônibus e prosseguiram assim por um ano e 17 dias, obrigando a suprema corte norte americana a declarar inconstitucional a lei de segregação racial nos transportes públicos.

Essa campanha de boicote aos ônibus foi liderada por diversas pessoas, dentre elas, Martin Luther King, a época um ativista da luta pelos direitos do povo preto, pacifista e pastor protestante.

Dentre outras reivindicações, King ficou conhecido por organizar marchas pelo direito ao voto, pelo fim da segregação racial e pelo fim das leis trabalhistas diferenciadas entre brancos e negros.

Adepto da desobediência civil pacífica, teoria formulada por Henry David Thoreau e utilizada por Mahatma Gandhi no processo de independência da Índia e do Paquistão, preconizava que “na eventualidade de um governo vigente não satisfazer as exigências de sua população, esta tem o direito de desobedecê-lo”. King foi assassinado por um segregacionistas do sul, no dia 4 de abril de 1968, pouco antes de uma marcha.

Como consequência das grandes movimentações das organizações dos negros nos EUA, em meados da década de 60, surge um partido socialista chamado “Panteras Negras”, que inicialmente equivalia a uma milícia popular armada, constituída por negros com a intenção de impedir a brutalidade policial contra a população preta.

Nessa década, muitos movimentos e líderes se revelaram em defesa das questões dos negros nos EUA. Um dos principais foi Malcon X, que após malfadadas experiências ao lado de religiosos islâmicos, conclui acertadamente que na realidade a luta dos negros é parte da luta de classes e que a questão do povo preto, como de todas as minorias sociais, passa fundamentalmente pela estrutura de exploração do sistema capitalista.

Rosa Parks, Martin Luther King Jr., Malcon X entre outros, foram pessoas que contribuíram decisivamente para o desenvolvimento da luta dos negros norte americanos e influenciaram e influenciam novas lideranças nos EUA e no mundo, através do exemplo de suas lutas contra o desumano sistema capitalista.

O PCO, nesse 1o de dezembro de 2018, reverencia os 63 anos da corajosa atitude de Parks e conclama o povo preto a fazer parte dos comitês de luta contra o golpe e de autodefesa, para darmos continuidade ao legado da trabalhadora negra, costureira, que se imortalizou em nossa memória.

Rosa Louise McCauley, nossa querida e sempre respeitada Rosa Parks, presente!

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