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Cesta básica

Arroz de 5kg chega a R$43,00: é preciso combater a especulação

Interessados no lucro com a alta do dólar, burguesia aumenta preço do arroz, item essencial na mesa do brasileiro

Um levantamento do Centro de Estudos Avançados em economia Aplicada (Cepea), da Universidade de São Paulo (USP), mostra um aumento em mais de 100% no preço do arroz ao longo de 12 meses. O cereal, essencial na dieta do brasileiro, antes custava cerca de R$ 15. Passado um ano, o preço do grão agora absurdamente gira em torno de R$ 40, com previsão de alta para os próximos meses.

Segundo especialistas, diversos fatores provocaram o aumento no preço, o principal sendo a alta do dólar. Moeda padrão no comércio internacional, a mudança no preço do dólar afeta  diretamente o mercado de commodities, que usa a moeda estadunidense como referência. Nos últimos seis meses, o dólar subiu em 40%, mostrando uma grande desvalorização da do real. Com o dólar a um preço alto, os produtores consideram mais lucrativo exportar o arroz do que vendê-lo focando no mercado interno. Levando em conta o aumento do preço internacional do arroz, os agricultores elevam o preço do produto dentro do Brasil visando lucrar aproximadamente o que ganhariam no mercado externo, sobretudo num momento em que a procura pelo produto no Brasil subiu em razão do isolamento social e da pouca oferta. O arroz beneficiado, por exemplo, teve aumento de 260% nas exportações entre março e julho deste ano, vendendo até 300 mil toneladas do cereal. Já as importações de arroz tiveram queda de 59% no mesmo período, caindo para 48,3 mil toneladas comercializadas, o que deixa o produto com menos oferta no mercado nacional.

Mostrando o interesse dos setores da burguesia ligados ao setor de rizicultura na especulação dos itens da cesta básica da maior parte da população, vários representantes do setor mais o governo federal se reuniram na primeira semana de setembro para discutir a Tarifa Externa Comum (TEC), que cobra em torno de 16%  arroz importado do Mercosul. Visto que o lucro destes capitalistas reduziriam com uma alteração da taxa, o que levaria a um aumento da disponibilidade do cereal no mercado brasileiro e a uma queda no preço, o comitê responsável em tratar da questão, composto por agricultores, industriais, cooperativas e pelo governo, optou por barrar uma mudança na tarifa.

Junto ao aumento do dólar, a procura pelo arroz brasileiro cresceu no exterior, assim o arroz nacional passou a ocupar o espaço deixado pelos Estados Unidos e pelos países asiáticos, que tiveram de paralisar a exportação, sendo outro motivo apontado para a elevação dos preços. Com o preço do arroz em baixa nos últimos anos, muitos agricultores optaram por deixar de cultivar o cereal e passar a produzir soja. O Rio Grande do Sul, maior produtor brasileiro de arroz, plantou 930 mil hectares na safra de 2020, correspondendo a uma queda de 15% com relação à safra anterior. No ano passado, o estado gaúcho produziu 9 milhões de toneladas, caindo para 7,3 milhões de toneladas em 2020, representando uma queda de 19%. Nos últimos 10 anos, o estado sulista teve uma redução de 3.000 na quantidade de produtores, passando de 9.000 para 6.000 rizicultores.

Paralelamente a queda na produção de arroz, o estoque do produto vem diminuindo nos últimos anos. Chamados de estoques de passagem, a quantidade armazenada entre uma safra e outra foi apresentada como mais uma razão para a alta nos preços. Há dez anos, o volume de arroz estocado era de 2.500 toneladas, caindo para 500 toneladas, equivalente a uma baixa de 80%, na temporada atual.

 

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