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Crise do Imperialismo mundial?

Armin Laschet é o novo líder do partido de Merkel

Com 1.001 delegados votantes na convenção partidária digital, foram 521 votos no segundo turno, superando por 55 votos o concorrente Friedrich Merz.

Neste sábado, (16), em uma votação acompanhada com suspense por toda a Alemanha, o partido de Angela Merkel, União Democrata Cristã (CDU), escolheu o governador do estado da Renânia do Norte-Vestfália, Armin Laschet, como seu novo presidente. Com 1.001 delegados votantes na convenção partidária digital, foram 521 votos no segundo turno, superando por 55 votos o concorrente Friedrich Merz, ex-chefe da bancada da CDU no Bundestag, que é a câmara baixa do parlamento.

Merkel foi durante 15 anos o principal pilar do imperialismo europeu. A crise de 2008 desgastou muito a política europeia, e com o crescimento da extrema-direita, a direita conservadora manteve Merkel para impedir uma crise. Assim sendo, sua sucessão está em disputa a muito tempo, o que demonstra uma instabilidade política do próprio país. Para além da crise de seu partido, o SPD (Partido Social Democrata) se manteve ao seu lado durante esse tempo, o que gerou uma crise no partido que pode vir a rachar.

Na análise objetiva da crise que vem se desenvolvendo no país alemão, a suposta relevância da escolha do chefe democrata cristão no âmbito nacional,  somado ao dito crescimento nas pesquisas de intenção de voto para as eleições legislativas de 26 de setembro, longe de evidenciar o crescimento real do partido conservador, demonstra que a imprensa burguesa internacional faz o papel de sempre: transformar a realidade em uma farsa. E para além, a burguesia tenta demonstrar que a atual “popularidade” da CDU, se deveria em grande parte, à “bem-sucedida” gestão de crise de Merkel na pandemia de covid-19, que foi absolutamente desastrosa, deixando operários da principal região fabril do país, trabalhando por diversas vezes em meio a pandemia para manter o lucro dos capitalistas e não quebrar a economia. 

O que precisa ser demonstrado aqui, é a crise total da política conservadora alemã. Laschet, que é considerado leal à atual chefe de governo, apoiando sem ressalvas sua política para os refugiados, tanto quanto como a abertura do partido conservador para a esquerda.

E escancarando ainda mais o atraso político da direita conservadora, parada no tempo, este senhor, governador do estado mais populoso do país, numa ocasião recente, perguntou abertamente a seus correligionários: “Somos representativos da sociedade? A resposta é ‘não’.” Com essa fala, o mesmo almejou atrair, tanto para os quadros como para o eleitorado democrata-cristão, mais jovens, mais mulheres e mais cidadãos de origem estrangeira., por que, afinal, estes setores se afastam cada vez mais da política antipopular dos conservadores. 

Sobre os imigrantes, Laschet comentou também: “Se os conquistarmos, temos uma chance de permanecer como partido majoritário no longo prazo.” Faz parte de seu programa, ainda, mais digitalização e mais proteção climática para Alemanha, embora sempre associadas a uma economia forte.

Aos que tem pouco conhecimento sobre a política dos conservadores alemães, vamos exemplificar aqui o trecho de uma matéria escrita neste diário à poucos meses atrás: 

“Acolunista Hengameh Yaghoobifarah, do jornal berlinense Tageszeitung, publicou um interessante texto que satiriza a atividade da polícia e realiza uma série de críticas. Em tom de sátira, Hengameh reflete sobre qual seria o melhor local de trabalho para policiais desempregados, em suas palavras, “caso a polícia fosse extinta, e o capitalismo, não”. No final do texto, ela declara que os policiais são inúteis para exercer uma infinidade de profissões e aponta que seu devido lugar é o depósito de lixo.

Com conhecimento de causa e estilo literário, Hengameh esclarece que o lugar deles não seria o de lixeiros, uma vez que são inúteis. Ao contrário,  seu  devido lugar é estar “na montanha de lixo, onde eles realmente estariam cercados de dejetos”, pois “entre os seus iguais, eles certamente se sentem mais à vontade”.

Por exercer seu direito democrático de liberdade de expressão, a colunista foi ameaçada de ser processada criminalmente por calúnia e incitamento à violência pelo Ministro do Interior, Horst Seehofer, do governo do conservador partido União Social-Cristã (CDU). O ministro disse que está em um encruzilhada entre defender a liberdade de expressão da jornalista e o direito penal.”

A Alemanha é o principal país do imperialismo europeu, logo, o desenvolvimento da crise no pais, pode por todo o continente em cheque.

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