Após seis meses de governo, o presidente golpista Jair Bolsonaro iniciou, nessa quinta-feira (dia 06), visita oficial à Argentina. Governado por Macri, o país vizinho se encontra em uma profunda crise econômica e política. O governo entreguista gerou inflação prevista em torno de 40% em 2019, além de altas taxas de desemprego e pobreza para a população do país.
Nesse contexto, Bolsonaro vai à Argentina apoiar o programa de destruição da economia do país, já que visa implantar a mesma política no Brasil, além de promover uma campanha de apoio a candidatura do atual presidente à reeleição, e, críticas à ex-presidenta e candidata a vice-presidente, Cristina Kirchner, contra quem Bolsonaro já fez inúmeros ataques, como a de que a figura da ex- presidenta representa “a corrupção do passado, e a ameaça de transformar a Argentina em uma nova Venezuela”.
Entretanto, apesar de toda a agenda em comum com o presidente aliado, Bolsonaro também encontrará outro fator semelhante ao Brasil em sua visita, manifestações de diversos movimentos populares argentinos que já entoam a palavra de ordem “Fora Bolsonaro!”.
Diversos coletivos (65 no total), incluindo o das Mães da Praça de Maio, convocaram a população a escrachar a presença do presidente fascista brasileiro, afirmando, como ocorrido em Nova Iorque, que “seu ódio não é bem-vindo aqui”. Os argentinos protestam contra as posições conservadoras e preconceituosas do presidente brasileiro em relação às mulheres, aos negros, aos LGBT, estudantes e trabalhadores, ou seja, o ódio do golpista engloba praticamento todos os setores da população e a reação contra ele reuniu milhares de pessoas, na Praça de Maio, em frente a Casa Rosada, onde os dizeres “Fora Bolsonaro” e “Seu ódio não é bem-vindo aqui” foram projetados nos prédios durante a manifestação.
O repúdio que Bolsonaro encontra por onde passa é fato que evidencia a crise no governo e a necessidade de mobilização para a derrota do mesmo. Portanto, da mesma forma como fizeram milhões de pessoas nos dias 15 e 30 de Maio, e vem repetindo chilenos e argentinos, no dia 14 de junho, é preciso tomar as ruas e parar o Brasil na Greve Geral contra Bolsonaro. Fora Bolsonaro e todos os golpistas e por eleições gerais com Lula candidato.