Continuam os protestos contra o governo Macri, que aparece como provável derrotado nas eleições presidenciais, segundo as pesquisas eleitorais. As queixas incluem o reajuste salarial e abertura de postos de emprego, readmissão dos funcionários estatais demitidos (cerca de 35 mil), e declaração de calamidade alimentar nacional.
Em um mês, o peso Argentino desvalorizou de 45 para 56 em relação ao dólar Estadunidense. Isso desencadeou uma onde inflacionária que corrói os salários. Naturalmente, o trabalhador pobre é o que mais sofre com isto, vendo a cesta básica subir entre 10% e 12% nos últimos dias. Além de centrais sindicais, as universidades também se juntam aos protestos, devido aos repasses cada vez menores de verbas por parte da União.
A esquerda argentina não pode se enganar com a proximidade das eleições. Em todo o continente latino-americano já está mais do que provado que o imperialismo, aliado com as burguesias locais, não tem qualquer vergonha de aplicar golpes eleitorais. Além do mais, a chapa concorrente já tem acenado com uma tendência nada radical, de colaboração com o imperialismo, de submissão aos ditames do Fundo Monetário Internacional.