A burguesia, por meio da imprensa, procura colocar medo no povo sobre a possibilidade de uma vitória da chapa de Cristina Kirchner e Alberto Fernández, nas eleições presidenciais argentinas do próximo dia 27 de outubro.
Dizem eles, “os mercados reagiram mal” ao favoritismo dos kirchneristas sobre o atual presidente neoliberal, Mauricio Macri. O “dólar subiu e a bolsa caiu, os investidores estão indo embora” é a velha fórmula da burguesia para deixar os eleitores com medo da vitória de um partido que não seja o seu.
A diferença de 15% nas prévias eleitorais da última semana não afasta investidores mas sim “especuladores”. O medo da burguesia rentista é de que uma chapa um pouco mais nacionalista reduza os juros dos títulos públicos e renegocie suas dívidas, para poder custear serviços básicos de saúde, educação, infraestrutura e trabalho à população. Por isso eles fogem como ratos diante do menor barulho, indo para ativos financeiros menos voláteis, como o dólar.
Uma chapa neoliberal, como a de Macri, agrada especuladores (chamados carinhosamente de “o mercado”), pois Macri é de sua confiança. Estes grandes bancos e hedge funds conhecem a política deste neoliberal: espoliar a população e os cofres da União para produzir “superávit primário”. Então eles seguram seus capitais nos títulos públicos e nas ações argentinas, enquanto essas ainda servirem para transferir riqueza para suas matrizes nos grandes centros capitalistas.
O imperialismo tentará de tudo para manter a direita no poder. Não podemos nos intimidar com esse tipo de chantagem. O que a imprensa chama de “o mercado” é um pequeno clube de banqueiros parasitas.