Na última sexta feira, dia 17 de julho o governo argentino anunciou a flexibilização da quarentena. As regras devem ser afrouxadas no momento que a Argentina é incluída no grupo de 20 com mais casos de covid-19 no mundo, a flexibilização ocorrera até nas regiões com situações mais críticas, que são a região metropolitana de Buenos Aires (que inclui a capital federal) e nas províncias de Rio Negro e Chaco.
Este é um momento onde há um visível aumento no número de contágios na Argentina, que totalizam no momento 134.780 casos confirmados de covid-19 e 2.487 mortes decorrentes destes, só na Cidade Autônoma de Buenos Aires são 62.971 casos confirmados e 1.060 mortes. As províncias de Buenos Aires, Chaco e Rio Negro são as provinciais com cenários mais preocupantes e por isso mantinham regras mais rígidas, entretanto mesmo com a visível agudização da pandemia essas regras começaram a ser relaxadas neste sábado passado dia 18 de julho.
Nesta segunda dia 20 de julho, até mesmo o comércio não essencial foi autorizado a reabrir, só mantendo suspenso o atendimento em cafés e restaurantes, que permanecem autorizados apenas a trabalharem em sistema de delivery e retirada com hora marcada. A partir do dia 20 de julho os parques também foram reabertos, estando proibido o agrupamento superior a duplas, para prática de esportes.
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Em um anúncio na residência oficial da Presidência Argentina a Quinta de Olivos, o presidente Alberto Fernández, tendo a um lado o governador da província de Buenos Aires, também peronista Axel Kicillof e ao outro lado o chefe do governo da cidade de Buenos Aires, o oposicionista Horacio Rodríguez Larreta, o governo da Argentina comunicou a retomada das atividades econômicas. Mesmo alegando que “Precisamos, porém, ter muito cuidado, porque o vírus é muito rápido e muito contagioso” Fernandez afirma que a Argentina “em uma situação boa” comparado com o EUA, o Brasil, o Peru e o Chile, e vai adiante com a política de reabertura.
Estima-se que 25 mil pequenas e médias empresas faliram durante a pandemia na Argentina, só no setor de restaurantes e cafés foram 30% que decretaram falência, muitas das empresas preferiram decretar falência para poderem demitir os seus funcionários. Algumas multinacionais também encerraram as atividades no país, é o caso da Latam argentina e da Basf alemã.
Essa saída ou flexibilização da quarentena no momento em que os casos de contaminação apenas crescem vem apenas para atende aos interesses dos empresários e capitalistas e não se engane terá um alto custo de vidas de trabalhadores da população mais pobre.