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Argentina mostra: a “frente de esquerda” eleitoral é um fracasso

As eleições argentinas mostram que a tática propagandeada amplamente pela esquerda pequeno burguesa mundial da chamada “Frente de Esquerda” é um fracasso. Para os menos iniciados a política de frente de esquerda é uma política onde partidos da esquerda pequeno-burguesa se reúnem para desesperadamente lutar pela eleição de deputados, em contraposição a se unir para uma luta nas ruas.

A Argentina é pioneira nesse tipo de política oportunista. O Partido Obreiro (PO) e o Partido de los Trabajadores Socialistas (PTS) se uniram, apesar de profundas divergências programáticas, profundas divergências práticas, para disputar eleições em uma paridade melhor com os partidos burgueses, mesmo não tendo uma frente de luta unificada nas ruas, e um trabalho militante em comum.

A FIT – U (Frente de Izquierda Unidad, nome em español da frente PO-PTS e partidos menores) teve quase 700 mil votos, ou 3%, registrando uma diminuição de 0,3% no voto, ou um décimo daquilo que eles tiveram na eleição de 2015.

Mas muitos poderiam pensar, olhando o lado estritamente matemático da coisa: não é uma diminuição de um décimo, muito pouco para declarar um fracasso na política de frente de esquerda? Não, pelo menos não com o atual quadro político na argentina.

O país passou nos últimos quatro anos uma das piores crises da sua história, desde o golpe branco que foram as eleições de 2015, o presidente golpista Maurício Macri devastou a economia, com um brutal choque neoliberal, a inflação disparou, a luta social se acirrou, reformas que retiravam direitos, como a previdência, foram aprovadas. 

As eleições de 2019, são talvez, uma das mais acirradas da história argentina. Alberto Fernandez, o candidato de Cristina Kirchner, teve nas eleições primárias, um processo que na argentina é obrigatório, representando uma espécie de prévia do eleição oficial, quase 50% dos votos, contra 33% de Macri. Os dois candidatos principais, em primeiro turno, representam quase a totalidade do voto, uma polarização extrema.

Nesse quadro de crise política e de intenso deslocamento à esquerda, vide o fato de que o presidente de direita nada mais tem do que um terço do voto, é possível ver o tamanho do caminho aberto para uma esquerda autêntica, revolucionária, e com um programa para mobilizar.

A FIT – U, que supostamente seria um polo de extrema-esquerda, vê sua participação eleitoral diminuir com a polarização, isso mostra duas coisas: sua posição centrista e confusa, e mostra que os trabalhadores não a vêem como uma frente de luta, mas como mais uma organização eleitoral, e entre uma organização eleitoral pequena, e uma grande, que é a de Cristina Kirchner, preferiram a de Kirchner.

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