Uma mulher argentina de 34 anos morreu após tentar realizar um aborto clandestino. A tentativa de aborto caseiro resultou em uma infecção generalizada, fazendo com que ela desse entrada no hospital de San Martín de La Plata, em Buenos Aires. A mulher veio a falecer dois dias depois.
O aborto é ilegal na Argentina, o que nos da a estatística de que ele é a principal cauda de morte materna no país. De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS) acontecem, por ano, cerca de 20 milhões de abortos clandestinos no mundo inteiro, dos quais cerca de 47 mil resultam na morte da mulher.
Precisamos considerar que esses são os casos conhecidos. Os abortos clandestinos são procedimentos de alto risco e, por isso, quem morre nesse processo são as mulheres pobres, que não tem condições de pagar clínicas especializadas e acabam fazendo isso em casa.
O aborto precisa ser legal, amplo e irrestrito, a mulher precisa decidir sobre o próprio corpo. Além de negar isso a ela, o Estado burguês ainda a pressiona politicamente com casos como o do grupo “40 dias pela vida”.
É necessário mobilizar a população nas ruas não só pela descriminalização do aborto, mas contra todos os outros fatores que massacram o povo, como a falta de emprego, os preços abusivos e a polícia repressiva. Em resumo, é preciso mobilizar o povo contra os governos fascistas em ascensão e em solidariedade aos povos da América Latina que também estão se levantando contra a repressão.