Nicolás Dujvone, ministro da fazenda argentino, renunciou ao posto neste sábado (17/8). Na carta, o ministro reconheceu que houve erros, acertos, mas se disse convencido de que a gestão precisa de uma “renovação significativa” na área econômica.
A renúncia ocorreu uma semana depois das prévias eleitorais, que mostraram a impopularidade do governo Macri e mostraram a preferência da chapa de Cristina Kirchner. O resultado forçou Macri a anunciar um pacote com medidas econômicas para amenizar os impactos da crise sobre a classe trabalhadora, como bônus salariais para trabalhadores de todos os setores, inclusive informais, aumento do salário mínimo, aumento em 40% das bolsas estudantis, redução de imposto de renda para aposentados e renegociação de dívidas de pequenas e médias empresas.
São os tipos de medidas emergenciais que governos neoliberais como Macri não fazem, a não ser sobre o risco real de derrota eleitoral. E a renúncia do ministro evidencia a crise por que passa o setor. Mas Macri não se transformou, de repente, em um defensor dos direitos trabalhistas e do povo. Trata-se de uma manobra para não perder a reeleição. A pressão popular deve ser mantida e não se resumir a uma pressão eleitoral. É preciso derrubar o governo Macri e os golpistas enraizados no governo.