Após 8 meses de manifestações, manifestantes seguem com atos todas as semanas na Argélia. Na última sexta feira (1), houve um dos maiores atos da onda de manifestações que vêm ocorrendo. O ato foi marcado por palavras de ordem contra o regime que se instalou no país após a queda do ex-presidente Bouteflika.
Após o início das manifestações, o imperialismo mundial tratou de orquestrar um golpe de estado contra Bouteflika e o partido mais importante da Argélia e responsável pela independência do país, a Frente de Libertação Nacional (FNL), focando em temas como o da corrupção e a falta de liberdade no país por Bouteflika tentar um quinto mandato.
Mesmo após Bouteflika não tentar um novo mandato, e mesmo após sua renuncia, as manifestações em toda a Argélia continuaram. As últimas manifestações, ocorridas na sexta, pediam uma nova independência do país e acusavam o governo militar que se instaurou após a queda de Bouteflika de ter entregue o país ao imperialismo.
As manifestações na Argélia se somam a manifestações que ocorrem em todo o mundo e demonstram o sistema capitalista como um todo está se degenerando. O sistema atual não consegue dar conta da crise em que se colocou, apontando para um enfrentamento cada vez maior entre as classes e resultando em um acirramento da luta entre elas.