O recém empossado presidente da Bolívia, Luis Arce, afirmou que pretende rever contratos para a exportação de gás natural para o Brasil, afirmando que os compromissos teriam sido firmados, inadequadamente, com um governo ilegítimo, o governo de fato, da golpista Jeanine Añez.
Afirmou: “queremos revisar os atuais contratos e fazer isso do ponto de vista de uma relação de 2 governos que foram eleitos de modo democrático”.
A declaração foi feita há algumas semanas, ainda durante a campanha, e se refere, principalmente, a um aditivo assinado em março entre a Petrobrás e a YPFB (Yacimientos Petrolíferos Fiscales) que previu a redução da importação pela estatal brasileira e a venda do excedente para empresas privadas instaladas no Brasil.
Detalhe que, em sua afirmação, o presidente boliviano caracteriza, devidamente, o governo golpista boliviano anterior, mas considera legítimo o governo Bolsonaro produto do golpe de 2016 e da prisão do ex-presidente Lula.
Trata-se de mais uma demonstração de direitismo do novo presidente boliviano.