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Leis iguais ao Estado Islâmico

Arábia Saudita ainda é ditadura, mesmo sem pena de morte para menores

Apesar do pequeno avanço, o país continua sendo uma ditadura que segue leis da Sharia, a mesma do Estado Islâmico, e não demonstra que irá se livrar desse tipo de governo tão cedo.

A Arábia Saudita decidiu, ainda sem data definida para entrar em vigor, que a pena de morte para menores de idade e a pena de flagelação sejam abolidas do país. Apesar do pequeno “avanço”, o país continua sendo uma ditadura e não demonstra que irá se livrar desse tipo de governo tão cedo. No país, a pena de morte é aplicada em casos de homicídio, assalto a mão armada, estupro, tráfico de drogas, bruxaria, adultério, sodomia, apostasia (renúncia a religião) e homossexualidade. As penas de flagelação são aplicadas em caso de homicídio, relações extraconjugais e atentado à ordem pública. Agora, as punições para os menores de idade serão substituídas por prisões que podem chegar a dez anos além de multas e outras penas alternativas. 

A ditadura na Arábia Saudita é assim caracterizada não somente em como ela pune sua população em determinados crimes, mas também em outros aspectos. O país vive uma monarquia absolutista, onde não há uma constituição vigente muito menos um parlamento, a lei aplicada no país é a lei da Sharia, as mesmas do Estado Islâmico, afinal são da mesma facção islâmica, o wahhabismo, de origem sunita, caracterizados pelo ultraconservadorismo.

O governo de monarquia absolutista não é apenas uma coincidência na Arábia Saudita, pois esse tipo de governo cria um cenário completamente atrasado no país, além de facilitar a dominação da população, com leis extremamente rígidas e que atacam os direitos humanos, além de não contar com um governo que tenha uma participação popular, nem mesmo da burguesia.

Localizada em uma região que concentra a maior parte da Península Arábica, a monarquia absoluta da Arábia Saudita proporciona uma maior dominação do imperialismo dentro do Oriente Médio, já que o país não possui uma burguesia nacional que possa entrar em conflito com os interesses imperialistas, principalmente dos Estados Unidos, que exploram o petróleo, entregando grandes reservas á companhias petrolíferas além de colocar em conflito direto com outras forças que possam representar perigo aos Estados Unidos, como foi o caso da guerra de preços do petróleo travada entre o país e a Rússia um pouco antes da crise do Coronavírus.

Além disso, a Arábia Saudita também representa uma ameaça à soberanias nacionais através do poder militar em países que de certa forma tentam ir contra os interesses imperialistas, como é o caso do Irã, além do Iêmen, onde o país se encontra completamente arrasado após os ataques e bloqueios da Arábia Saudita dentro de sua crise interna entre xiitas e sunitas. 

Apesar de todos os problemas que envolvem seu governo, a Arábia Saudita não é vítima da forte propaganda imperialista de que o país vive uma ditadura, como é feito de forma injusta e caluniosa com países que são contra as imposições imperialistas como a Venezuela, Coreia do Norte e Cuba. E isso ocorre porque o governo Saudita trabalha para os interesses burgueses, a monarquia do país não passa de um fantoche na tentativa de penetração das forças imperialistas do ocidente dentro do Oriente Médio.

O caso da Arábia Saudita é um grande exemplo de como as maiores potências mundiais agem com seus discursos hipócritas apenas quando convém para seus interesses. Países da Europa e os Estados Unidos sempre pregaram o falso discurso de que o mundo e os países em desenvolvimento precisam de plena democracia, e usam esse mesmo discurso como justificativa para armarem golpes de estado, guerras e saquearem riquezas nacionais.

Mas, quando a ditadura em questão satisfaz seus interesses vemos completo silêncio e também apoio para que países como a Arábia Saudita continuem violando direitos humanos e trabalhem para os interesses imperialistas. Os países imperialistas colocam discursos a serem comprados pelas populações do mundo todo por meios de comunicação, pela cultura, de que países que se colocam contra os seus interesses são inimigos e que suas populações vivem verdadeiras ditaduras, enquanto financiam outras em todas as partes do mundo, como já vimos no Chile, no Brasil e em praticamente todos os países latinos, e também como é o caso da Arábia Saudita.

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