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“Aproximações sucessivas”: um terço do ministério de Bolsonaro é formado por militares

Jair Bolsonoro, eleito presidente na eleição mais farsesca da história brasileira, já começou a indicar nomes para os ministérios de seu futuro governo e, até o presente momento, os militares ocupam 35% das vagas. De acordo com os nomes que foram anunciados, os militares ocupam 8 das 20 vagas do governo, isso além do fato de o próprio Bolsonaro ter sido um militar de patente intermediária e seu vice, General Mourão, ter sido figura de destaque das Forças Armadas e que ainda possui muita influência tanto dentro dos quartéis quanto no Alto Comando.

Além dos cargos de primeira ordem, os militares também estão sendo colocados para assumir cargos de 2° e 3° escalão, o que amplia ainda mais sua participação no governo e o próprio domínio das Forças Armadas sobre a política no Brasil. Até o presente momento, os militares que estão diretamente no comando de pastas do governo são os seguintes:

General Augusto Heleno (Exército) – Gabinete de Segurança Institucional;

General Fernando Azevedo e Silva (Exército) – Ministério da Defesa;

Capitão Tarcísio Gomes de Freitas (Exército) – Ministério de Infraestrutura;

General Carlos Alberto dos Santos Cruz (Exército) – Secretaria de governo;

Tenente-Coronel Marcos Pontes (Força Aérea) – Ministério de ciência, tecnologia, inovações e comunicações;

Capitão Wagner Rosário (Exército) – Controladoria Geral da União;

Almirante Bento Costa Lima Leite de Albuquerque Junior (Marinha) – Ministério de Minas e Energia;

Os militares vêm desempenhando um papel cada vez mais ativo na política brasileira desde o Golpe de Estado que destituiu ilegalmente a presidenta Dilma Rousseff em 2016, e de lá para cá assumiram grande protagonismo dentro do campo golpista. Os militares tiveram papel ativo também no processo farsesco que prendeu o ex-presidente Lula sem provas, e o próprio alto comando das Forças Armadas se pronunciou recentemente afirmando que poderia ter ocorrido um Golpe militar caso o Supremo Tribunal Federal tivesse concedido recurso em favor de Lula.

Essa participação cada vez maior, que agora se concretiza na entrada oficial dos militares no governo, é parte da estratégia dos militares nas chamadas “aproximações sucessivas”, por meio da qual os militares naturalizam sua participação na política nacional ao mesmo tempo em que se apoderam mais diretamente das estruturas de poder do Estado. É preciso denunciar o avanço dos militares sobre o regime político, mas também seu avanço nas ruas, pois o avanço dos militares sobre os postos de governo vem acompanhado de um aumento expressivo nas atividades e exercícios militares em todo o país, o que visa preparar um possível Golpe militar.

O futuro governo do fascista Jair Bolsonaro é incerto e sem dúvidas a situação política irá depender da capacidade dos movimentos populares e da esquerda de conjunto de reagirem aos ataques do governo e da extrema direita. No entanto, o que fica claro desde já é que as Forças Armadas serão uma das principais bases de sustentação do governo que tende a se desgastar na medida em que avance uma possível reação popular.

Vale ressaltar também que os militares foram uma força fundamental de sustentação para o próprio governo golpista de Michel Temer, que utilizou os militares para intervir no estado do Rio de Janeiro e também para conter as manifestações contra a reforma da Previdência que se tornavam cada vez mais radicalizadas. As Forças Armadas no Brasil estão a serviço do Golpe de Estado e se tornaram cada vez mais submissas aos interesses do imperialismo norte americano e por isso apoiam todas as medidas claramente entreguistas que Bolsonaro já vem anunciando antes mesmo de assumir, o que deixa evidente que o nacionalismo anunciado por estes setores não passa de uma fachada.

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