Como parte do projeto de governo de Jair Bolsonaro, seu vice, Hamilton Mourão assinou um decreto que regulamenta a contratação de militares inativos para atividades em órgãos públicos. A medida foi publicada no dia 23, no Diário Oficial da União. A publicação do decreto é mais um passo após o anúncio feito na semana passada da contratação temporária de 7 mil militares da reserva para trabalharem no Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS).
A justificativa do governo é que a contratação de militares inativos seria menos burocrática. No caso do INSS, também seria uma maneira rápida de resolver o acúmulo de processos na previdência – causado pela política dos próprios golpistas e que já chega a quase 2 milhões de pedidos atrasados.
Com a publicação do decreto, fica mais evidente o objetivo do governo Bolsonaro que é colocar os militares “na rua”, no meio da população, o que num cenário de ditadura é um avanço importante para a repressão a qualquer um que se oponha ao regime.
A presença de militares no serviço público também é uma forma de intimidar os demais trabalhadores que observam os recursos públicos para manutenção dos serviços minguarem ano após ano, em virtude da aprovação da PEC da Morte – EC 95.
Finalmente, Bolsonaro está encontrando todo tipo de pretexto para colocar os militares não apenas no comando dos órgãos públicos, mas também no meios dos servidores, preparando o país para uma verdadeira ditadura militar.
Para evitar que o regime se feche ainda mais, é preciso que as organizações dos trabalhadores convoquem grandes greves e manifestações contra o governo. Somente o povo na rua será capaz de barrar os retrocessos que a política de Bolsonaro e dos demais golpistas no governo impõem à população.





