Na última quinta-feira (23) mais um fato entrou para a extensa lista dos ataques do imperialismo norte-americano contra o povo iraniano. Um avião comercial do país, que fazia o trajeto de Teerã a Beirute, teve que realizar uma manobra de emergência, deixando passageiros feridos.
Em um primeiro momento, a imprensa local chegou a aventar a possibilidade do acidente ter sido causado por um caça israelense. Entretanto, ficou confirmado que foram dois aviões militares norte-americanos os causadores da quase tragédia.
Felizmente, a ação não deixou feridos em estado grave e a aeronave chegou em segurança ao aeroporto na capital do Líbano.
A falsificação usada pelos norte-americanos para justificar o ato terrorista foi a acusação de que a companhia Mahan Air estaria transportando armamentos para grupos guerrilheiros no Irã e na Síria. Autoridades americanas disseram que os caçam realizaram uma “inspeção visual” que obedeceu protocolos internacionais de segurança.
No dia seguinte, Abbas Ali Kadkhodaei, o porta-voz do Conselho Guardião da Constituição iraniana, definiu como “ato terrorista” o ataque e exigiu um processo de investigação, além de ações recíprocas contra o regime norte-americano.
Caso a situação fosse inversa, com dois caças iranianos ameaçando a vida de passageiros norte-americanos, é bem possível que houvesse a deflagração de uma guerra.
A ação extrema do setor militar norte-americano, que transcende o governo Trump, constituindo uma verdadeira diretriz de estado, é sinal de fraqueza de um valentão acuado. A instabilidade política e econômica que chacoalham o mundo, ameaçam profundamente a manutenção das estruturas sociais e do próprio sistema capitalista.
Assim, na luta entre o bloco imperialista e os setores nacionalistas dos países oprimidos, é dever da esquerda, sobretudo a revolucionária, apoiar incondicionalmente os oprimidos. É imprescindível denunciar que a máquina de guerra dos Estados Unidos empenha trilhões de dólares com a única finalidade de manter o mundo no cabresto.