Os atos do dia 15 confirmaram que há uma tendência favorável à luta e à mobilização contra a direita golpista, para a surpresa de amplos setores mesmo na própria esquerda. De imediato, revelaram também a total impopularidade do governo do golpista Jair Bolsonaro, eleito em uma farsa com apoio de apenas um terço do eleitorado. Durante o dia de atos e no dia seguinte, o governo apareceu diante do país duramente atingido e colocado contra as cordas.
Além dos protestos nas ruas, em uma grande mobilização popular liderada pela juventude contra o governo, a direita golpista já vivia também sua crise interna, com as disputas entre setores diversos dentro do governo, a dificuldade dos bolsonaristas de agirem no Congresso e os dados econômicos catastróficos. Tudo isso compõe um cenário desfavorável para os capitalistas e seu controle sobre o regime político.
Toda a manobra para apresentar o governo fraudulentamente “eleito” acabou não levando a lugar nenhum. No dia 15, a população começou a colocar a situação política no mesmo patamar em que estava durante o governo de Michel Temer, que foi completamente liquidado com a greve dos caminhoneiros em maio, e sobreviveu os meses restantes a duras penas.
Porém, mesmo com todas essas dificuldades, a direita pode se reorganizar se tiver tempo e oportunidade para isso. Por isso, o momento favorável deve ser aproveitado agora mesmo, para derrubar o governo Bolsonaro e derrotar a direita golpista nas ruas. É o momento de ir pra cima da direita, tomar as ruas e exigir a saída de Bolsonaro, apresentando uma perspectiva à esquerda para a solução da crise política nacional. Dia 30, as mobilizações continuam, preparando a greve geral de 14 de junho. É preciso mobilizar e fortalecer as manifestações, levando essas palavras de ordem: Fora Bolsonaro! Eleições gerais já! Liberdade para Lula!