Guaidó, auto-proclamado presidente da Venezuela, não aceita derrota. Dá chilique em frente à Assembléia Nacional, informa Madelein Garcial, do canal teleSUR, 07/01/2020.
O líder golpista da direita venezuelana, Juan Guaidó, não aceitou a sua derrota na tentativa de controlar a Assembléia Nacional da Venezuela. Depois de perder o cargo de presidente do Legislativo no domingo 5/1, nesta terça-feira 7/1, tentou nova investida para invadir o edifício da Assembleia.
Quatro deputados partidários de Guaidó adentraram na assembléia e, ao invés de se dirigirem aos seus assentos, dirigiram-se à cabine de imprensa, Willian Barrientos, com suposta lista em mãos, dá entrevista, sugerindo que eleição de Luis Parra não valia, já que na sessão do pleito de domingo não teria havido quórum.
Deputados voltam em seguida ao jardim da Assembleia Nacional, em altos brados gritam para a mídia que não teria havia quórum. Justificam não ter entrado no plenário alegando, inicialmente, que a porta estaria fechada. A seguir, a versão já era outra. Os seus assentos estariam ocupados por supostos “milicianos”.
Chegava Juan Guaidó acompanhado de deputados. Histérica deputada eleitora de Guaidó, continuava seu show. Gesticulava e, aos berros, “eles não deixam os deputados passar”. Com a maior paciência, de forma respeitosa, guarda nacional, explicava que, “um a um”, todos os deputados que acompanhavam Guaidó teriam o acesso garantido, tão logo se identificassem.
A ordem do antigo presidente da assembléia nacional, para a entrada da secretária da Câmara, de era presidente, não foi permitida.
Daí, os chiliques e a histeria de Guaidó.
De auto proclamado presidente da república, golpista Guaidó, se auto-proclama presidente da assembléia nacional venezuelana
Em última e desesperada tentativa, Guaidó dirige-se até a redação do jornal golpista El Nacional, e lá, simula eleição, em que cerca de 30 deputados, exilados, reconduziram Guaidó a presidência da assembléia nacional, votando por skype.
Constituição da Venezuela prevê que, em caso de vacância do presidente da república, assume em seu lugar, o presidente da assembléia nacional. O que Guaidó, nem isso, agora é.
Jornal golpista folha de S.Paulo cinicamente especula, qual das sessões de eleição do presidente da assembléia nacional vale.
Chororô é livre
Guaidó acusa Maduro de ter comprado deputados da oposição. O preço variava de US$ 30 mil dólares para convencer alguns, e ter ofertado até US$ a 500 mil dólares a outros.
Golpista, auto-proclamado presidente da Venezuela por vontade de Trump, deve se decidir.
Afinal, Luis Parra foi eleito presidente da assembléia nacional, por Maduro ter comprado deputados para derrotar Guaidó, ou Guaidó foi eleito, mas sem o quórum mínimo?
Mesmo que os 30 deputados exilados, presentes estivessem, e todos os demais votos fossem para Guaidó, assim mesmo não se reelegeria.
Luis Parra, o novo presidente do parlamento bolivariano da Venezuela, elegeu-se com 85 votos. Ou seja, com 50% dos votos, mais um, do total dos 168 deputados da assembléia nacional venezuelana.
A direita nunca reconhece eleição quando perde. Assim foi com vitória de Dilma em 2014 no Brasil; assim foi com Evo Morales na Bolívia em 2019.
Assim é agora na Venezuela. Guaidó somente faz isso porque é apoiado pelo imperialismo.