Como de costume, nessa época do ano aproximam-se as comemorações de festas juninas, e comumente são realizadas diversas festas com a temática nas instituições de ensino, algumas tradicionalidades dessa festa típica, são muito utilizadas como as bombinhas, os então artefatos juninos. Foi necessária essa contextualização para explicar o acontecido na última semana na Escola Estadual Professor Manoel Tabacow Hidal na Zona Sul de São Paulo.
A Polícia Militar, fazia ronda pela região e segundo relatado, ouviu disparos de bombinhas dentro da instituição e prontamente adentraram o estabelecimento. Fato é, que isso se caracteriza como mais uma ação arbitrária da PM dentro das escolas, desde o Massacre de Suzano, que abriu um precedente para a mesma se sentir a vontade para entrar dentro das escolas e coibir os estudantes de forma indiscriminada.
Durante essa ação, a polícia não se contentou em apenas invadir a escola, mas também fez uso de spray de pimenta contra cerca de 50 alunos e apreendeu um, cujo o apontaram como o responsável pelos disparos que os levou até a escola. Durante a ação truculenta, um estudante teve seu uniforme rasgado e uma estudante chegou a desmaiar devido ao spray de pimenta.
Como de costume, a PM afirmou que fora necessário o uso “moderado” de técnica de controle de distúrbio contra um grupo de 50 alunos que se colocaram contra a ação policialesca. O estudante acusado pela PM fora levado para a delegacia, acompanhado de seu responsável e logo em seguida fora liberado.
Esse cenário, demonstra a situação política na prática, o avanço da extrema-direita está estritamente ligado com o reforço do aparato repressor e a instalação do clima de terror contra a população. Esse fato, está dentre os diversos que aconteceram no último período, a juventude está sendo encurralada e massacrada pelo regime golpista. Nesse sentido, é preciso organizar a reação e lutar contra a escola com fascismo que tem atuado arduamente contra os estudantes e toda a comunidade escolar.