Dados do Anuário Brasileiro de Segurança Pública mostram que 3.200 casos de assassinatos de mulheres foram registrados entre 2016 e 2018. Além disso, os dados também estimam que cerca de 3.000 casos não foram registrados.
Assim como toda a classe trabalhadora, as mulheres também sofreram muito com o golpe de 2016. Após o golpe, a ofensiva da extrema-direita contra as mulheres aumentou e, com o crescimento desse ala — como podemos ver pela sua presença no governo Bolsonaro e por outras aparições simbólicas, como nos grupos nazistas e integralistas — , também cresce a violência contra a mulher.
Em 2016 foram 929 casos registrados de assassinato de mulheres. Em 2017 foram 1.075 casos. Já em 2018, foram 1.206 casos.
O número de homicídio de mulheres de 2019 ainda não foi lançado, mas se sabe que até agosto do mesmo ano foram registrados 2.357 casos, quase o dobro dos casos registrados em 2018, isso considerando que ainda faltavam 4 meses para acabar o ano.
O número é claramente assombroso, mas ainda precisamos ressaltar que esses são os casos registrados. Os incidentes aumentam, o número de casos não denunciados também, isso considerando que em tempos de ascensão da extrema-direita o medo de fazer uma denúncia — ainda mais se o homicídio foi cometido por uma “autoridade”, como a própria PM fascista — se intensifica.
Tudo isso só reforça que a luta pela emancipação da mulher deve ser feita em conjunto com a classe trabalhadora,isso porque a luta pequeno-burguesa é individual e, portanto, sectária, o que não traz nenhum avança para a luta da mulher.
É necessário mobilizar as mulheres e a classe trabalhadora, mas não com sectarismo e com ações institucionais, mas sim nas ruas e exigindo o fora Bolsonaro.