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Maranhão

Após mortes, comunidade quilombola do Maranhão recebe nova ameaça

No domingo (5), os camponeses Celino Fernandes e Wanderson de Jesus foram assassinados na comunidade do Cedro. Desde então, as perseguições continuam por parte de grileiros.

No último domingo (5), dois camponeses foram assassinados no Maranhão. Celino Fernandes e Wanderson de Jesus Rodrigues Fernandes, pai e filho, tiveram sua moradia invadida por pistoleiros encapuzados. A execução aconteceu na frente de suas esposas, filhos e netos. O caso ocorreu na comunidade do Cedro, localizada no município de Arari, 170 km da capital São Luís.

De acordo com relatos, homens encapuzados vestindo coletes da Polícia Civil foram à comunidade e declararam estar cumprindo mandados de prisão. Era um disfarce para se proceder à execução.  Segundo nota da Comissão Pastoral da Terra (CPT), Celino e Wanderson eram lideranças  da associação quilombola do Cedro e denunciavam a ação de grileiros, que cercam – até mesmo com cercas elétricas – terras públicas do Estado para a criação de búfalos.

As famílias camponesas tiram seu sustento do trabalho com as terras públicas, de uso comum,  por meio da pesca e criação de animais.  Os campos inundáveis da Baixada Maranhense são considerados legalmente como terras públicas de uso comum do povo e Área de Proteção Ambiental, segundo o Decreto nº 11.900 de 11 de junho de 1991 do Governo do Estado do Maranhão. A CPT ainda informa que desde que as famílias camponesas começaram a se organizar para reivindicar o direito de de acesso aos campos, começaram as perseguições.

Há uma política deliberada de perseguição e criminalização aos camponeses por parte dos latifundiários e grileiros em parceria com a polícia e o Judiciário maranhenses.  Estes últimos utilizam todos os recursos do Estado para perseguir e intimidar as lideranças da luta pela terra, como a abertura de inquéritos policiais, denúncias, representações criminais, decisões judiciais favoráveis ao latifúndio. Os pistoleiros agem impunemente contra as famílias camponesas, na certeza de que serão acobertados pelos governos e as autoridades policiais e judiciárias.

A questão central é a luta pela terra. A direita implementa uma política de barbárie, de verdadeiro terrorismo político contra as famílias camponesas, recorrendo às intimidações, ameaças e assassinatos contra suas lideranças. Os camponeses devem criar comitês de auto-defesa para resistir às ofensivas da extrema-direita fascista e seus pistoleiros.

A violência no campo é parte do programa político da extrema-direita bolsonarista. Em diversas ocasiões, ao realizarem atentados contra os camponeses, os pistoleiros afirmaram que Bolsonaro é quem está no poder. Isso demonstra plena consciência de que o governo Bolsonaro e todo o bloco golpista estimulam os ataques e garantem absoluta impunidade para os pistoleiros a serviço dos latifundiários e grileiros. Trata-se de garantir o controle sobre a terra de uma minoria, em detrimento dos interesses da esmagadora maioria da população.

A derrubada do governo fascista de Jair Bolsonaro é a tarefa de todo o movimento popular e democrático no país. Não será possível impedir o assassinato de camponeses e lideranças sem-terra, indígena e quilombola sem a derrubada de Jair Bolsonaro. Fora Bolsonaro e todos os golpistas!

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