Imperialismo avança em sua dominação no cone Sul e o Uruguai sai da Unasul. A União de Nações Sul-Americanas (UNASUL) anteriormente designada por Comunidade Sul-Americana de Nações (CASA ou CSN), é uma organização intergovernamental composta pelos doze Estados da América do Sul, cuja população total foi estimada em 396 391 032 habitantes, em 1 de julho de 2010.
Era uma tentativa frágil de união de países pobres para se contrapor, minimamente, ao imperialismo. Tentativa pífia de reforço econômico entre países atrasados, a Unasul foi fundada dentro dos ideais de integração sul-americana multissetorial, conjugando as duas uniões aduaneiras regionais: o Mercado Comum do Sul (Mercosul) e a Comunidade Andina (CAN).
Agora, em tempos de avanço do fascismo no Mundo, o imperialismo não mais admite estas parcerias de países com governos democratizantes. A ideia é a dissolução desses organismos.
O papel preponderante do Brasil na Unasul representando o Brasil cerca de 50% do território, população e produto interno bruto (PIB) da região, antes do Golpe de Estado de 2016, foi a culminação de uma iniciativa diplomática brasileira de longa data.
O Tratado Constitutivo da Unasul foi assinado em 23 de maio de 2008, na Terceira Cúpula de Chefes de Estado, realizada em Brasília, Brasil. O Tratado Constitutivo definiu a instalação da sede da União em Quito, Equador, o Parlamento sul-americano em Cochabamba, na Bolívia, e a sede do seu banco, o Banco do Sul, em Caracas, Venezuela. Os golpes de Estados no Brasil, no Equador e demais países da América Latina enfraqueceria demasiadamente a Unasul.
É neste contexto, após golpe eleitoral que levou ao poder a direita que agora governa o Uruguai anunciou na sexta – feira sua saída do canal de televisão TeleSUR e do Banco del Sur, argumentando que não deseja “integrar sindicatos com base em afinidades político-ideológicas”.
Mais ainda, após deixar Unasul, Uruguai boicota Telesur e sai do Banco do Sul, ou seja, o Uruguai formaliza sua saída do TeleSUR e do Banco del Sur. O golpe pode ser fatal a já cambaleante Unasul.
O imperialismo exigiu que o governo capacho de Luis Lacalle Pou comunicasse por carta ao ministro das Relações Exteriores da Venezuela, Jorge Arreaza, com a assinatura do ministro das Relações Exteriores do Uruguai Ernesto Talvi a retirada do Uruguai da Unasul.
O plano do imperialismo é destruir as organizações dos países que tenta controlar. Este aniquilamento tornará o seu controle (do imperialismo) mais fácil e com pouca ou, quase nenhuma, resistência.
Estes e outros exemplos colocam claramente o caráter atual da revolução proletária: ela terá que ser Mundial. Assim, os problemas de submissão dos governos capachos, sejam uruguaios, brasileiros, equatorianos ou quaisquer outros não se resolvem encerrados em suas fronteiras. O conselho inscrito ao final do Manifesto de Marx e Engels guarda profunda atualidade: “Trabalhadores de todo o Mundo uni-vos!”