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Em Duque de Caxias

PM assassina: mais duas crianças são mortas no Rio de Janeiro

Moradores viram a polícia atirando e em seguida arracando com a viatura, PM nega, imprensa burguesa fala em "tiroteio"

Após o assassinato das meninas Emilly Victoria, de 4 anos, e Rebecca Beatriz Rodrigues dos Santos, de 7, na noite desta sexta (4) em Duque de Caxias (RJ), os fuzis e pistolas dos PMs que “patrulhavam” o local foram apreendidos.

Policiais da Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF), no Rio de Janeiro, apreenderam as armas dos cinco policiais militares que estavam na região onde as crianças foram mortas a tiros.

Cinco pistolas e cinco fuzis, dos PMs que estavam na região no momento do ocorrido, foram apreendidos e passarão por perícia da Polícia Civil – a mesma que atira nos cidadãos de dentro de helicópteros que sobrevoam as favelas – mas nada indica que o óbvio assassinato das crianças será constatado.

As meninas, que são primas, brincavam na porta de casa quando foram atingidas por tiros. Lídia da Silva Moreira Santos, que é avó Avó de Rebecca e tia de Emilly, conta o que ocorreu:

“— Estava chegando do trabalho, por volta das 20h30, e quando desci do ônibus começaram os disparos. A rua estava cheia de crianças e pessoas chegando do serviço. Tinha uma viatura Blazer da PM parada em frente à rua e fizeram uns dez disparos de fuzil. Quando os policiais foram embora, atravessei e vi a Emilly atingida na cabeça, já sem vida. Depois minha nora veio gritando dizendo que tinham matado a Rebecca também. A mesma bala que pegou a Emilly atingiu o coração da Rebecca. Ela deu uns passos e caiu no quintal. Quando vi que ainda estava respirando, corri para a UPA de Sarapuí, mas já era tarde.”

Lídia da Silva Moreira Santos, avó de Rebecca e tia de Emilly.

A imprensa burguesa, para acobertar a conhecida brutalidade da Polícia dentro da favela, divulgou o caso de forma totalmente criminosa, tratando as mortes como fruto de “bala perdida” e “tiroteio”, para causar a impressão de que a PM estava num confronto e teria disparado acidentalmente contra as crianças!

Além disso, a extrema direita começou uma campanha na internet, respondendo nas publicações sobre o assassinato das crianças com a crítica de que a imprensa estaria ocultando a divulgação do assassinato de um policial militar no dia anterior.

A manobra grotesca e corriqueira da extrema direita foi expressa inclusive por setores da esquerda, como o deputado federal Marcelo Freixo (PSOL-RJ).

O deputado do PSOL é um ávido defensor da Polícia e da direita. Defendeu as UPPs (Unidades de Polícia Pacificadoras), Defendeu a intervenção militar no RJ e defendeu o voto em Eduardo Paes (DEM). Agora, ao invés de lutar contra o genocídio do Estado, opõe a indignação popular sobre assassinato das crianças de 4 e 7 anos ao assassinato de um PM.

Longe da manipulação da imprensa burguesa e da conciliação da esquerda pequeno-burguesa com a polícia e a extrema direita bolsonarista, a população assimila conclusões corretas diante de mais um caso criminoso do Estado brasileiro, perpetrado pelo seu grupo de extermínio estatal, a Polícia:

“Isso não pode ficar impune. A culpa também é dos governantes que dizem que bandido bom é bandido morto e dão carta branca para a polícia…” (Lídia da Silva Moreira Santos)

Ato foi chamado em repúdio à morte das meninas Emilly e Rebecca

A avó de Rebecca e tia de Emilly está correta. A responsabilidade por mais esse crime é do Estado capitalista e do seu aparato de repressão, por isso é necessário dissolver a Polícia Militar através da mobilização popular, para acabar com essa violência sem limite.

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