João Alberto Silveira Freitas, 40 anos, negro, assassinado de forma brutal por seguranças do Carrefour na última quinta (19/10), às vésperas do Dia da Consciência Negra.
A primeira providência da imprensa racista foi levantar a ficha policial da vítima e culpá-la pelo próprio assassinato. Os exageros e mentiras não resistiram as filmagens que provavam a crueldade dos seguranças do supermercado Carrefour em Porto Alegre(RS). A empresa também procurou se esquivar da responsabilidade dizendo que não se responsabilizava pela contratação e ações de seguranças que trabalhavam nas lojas de sua rede.
João foi assassinado por asfixia, após ser surrado na frente de sua esposa, que gritava para que deixassem o marido, por Magno Braz Borges e Giovane Gaspar da Silva (este último policial militar temporário, uma aberração ilegal usada pelo estado do Rio Grande do Sul para ampliar seu aparato fascista de opressão e violência).
O acontecimento gerou revolta por todo o mundo, a ponto do CEO do grupo Carrefour Brasil se pronunciar pessoalmente sobre o caso e anunciar a criação de um fundo que financiará ações ações afirmativas para a inclusão social e econômica de negros e negras na sociedade, inicialmente no valor de R$ 25 milhões.
Manifestações foram realizadas e uma loja foi incendiada na última sexta-feira (20/11) em São Paulo. Novamente a imprensa burguesa fascista iniciou uma campanha de criminalização dos movimentos de revolta, como se a propriedade privada do grupo Carrefour fosse mais importante que a vida perdida, representantes pelegos dos “movimentos sociais” também foram a público condenar o “vandalismo” e “violência”, mas não parecem se indignar com o genocídio diário da população negra.
Esse não é o primeiro caso de violência envolvendo lojas e funcionários do Carrefour Brasil, espancamentos, tortura, crueldade contra animais são apenas alguns dos crimes cometidos por funcionários do grupo e chancelados pelos patrões.Também não deve ser esquecida a participação da polícia militar, um dos braços armados do fascismo brasileiro, no caso. Um dos seguranças é policial militar temporário e estava prestando serviço de segurança privada ao Carrefour. João Alberto foi morto por uma estrutura que se apoia numa “montanha” de ilegalidades.
Não nos enganemos, a “máquina” racista é mais um braço nefasto do sistema capitalista e aqueles que criticam a justa revolta popular nada mais são do que apoiadores e capatazes das atrocidades desse sistema.
Não existe justiça para João Alberto Silveira Freitas e todos os assassinados pela máquina racista do capitalismo sem luta! Devemos nos organizar pelo Fora Bolsonaro, fora todos os representantes do fascismo! Pelo fim da polícia militar assassina de pretos e pobres! Pela responsabilização criminal dos representantes do grupo Carrefour Brasil! A justiça só vem da organização e autodefesa popular, não dos acordos e diálogos com os representantes do capital.