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De olho nas eleições

Após apoiar o golpe, Marta Suplicy quer ser reciclada

Ex-prefeita de São Paulo pelo PT atua junto com políticos e partidos do "centrão" para conquistar apoio da esquerda pequeno burguesa na busca de recuperar algum prestigio popular

Depois de ocupar vários cargos públicos graças ao apoio do Partido dos Trabalhadores e de suas principais lideranças, como o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ex-senador e atual vereador paulistano Eduardo Suplicy (também seu ex-marido de quem carrega até hoje o nome eleitoral), a ex-ministra, ex-senadora e ex-prefeita Marta Suplicy (hoje, sem partido) ressurgiu no cenário político junto a políticos da burguesia golpista agrupados no Movimento “direitos já”, que participaram semanas atrás de ato político no TUCA (Teatro da Universidade Católica de São Paulo), no qual buscam o endosso da esquerda para se apresentarem na situação política como “progressistas” e até mesmo como “defensores da soberania nacional” e dos “direitos” do povo.

Nesta empreitada, contaram com o apoio de setores da esquerda pequeno burguesa que, há muito, atuam como verdadeiros abutres diante do golpe de Estado, buscando tirar proveito próprio dos duros ataques da direita golpista e de todas as instituições do regime golpista (judiciário, imprensa etc.) contra os principais dirigentes do PT, a começar pelo ex-presidente Lula e toda a esquerda.

Depois de deixar o PT (onde fez carreira política e pelo qual foi eleita ou indicada para os principais cargos que ocupou) e se bandear abertamente para o lado dos golpistas, votando no impeachment criminoso da presidenta Dilma Rousseff, ingressar no MDB, apoiar o governo golpista e ultra reacionário de Michel Temer, votar nas “reformas” contra a população trabalhadora impostas pelos “donos do golpe”, apoiar a prisão de Lula e ajudar, assim como todos os políticos e partidos da burguesia em crise, a eleição fraudulenta de Jair Bolsonaro, para derrotar o candidato reserva do PT, Fernando Haddad, a ex-prefeita foi apresentada pela imprensa direitista como estando em um momento de “revisionismo”, “sem arrependimentos”.

Ocultando seus reais objetivos, como fazem todos os políticos burgueses, três anos depois de “trocar de camisa” e se dizer plenamente satisfeita por se juntar aos golpistas do MDB e Cia. com declarações como a de que “acho que valeu muito a pena. O PMDB tem uma história, tem gente de vanguarda…. me sinto muito acolhida“; a ex-apresentadora da TV Globo, deixa escapar que “a passagem pelo MDB não foi digerida por seus eleitores e teve papel determinante em sua derrota na disputa pela Prefeitura de São Paulo em 2016″e diz querer “se reconectar com a esquerda”, afirmando até que teria retomado sua “militância feminista”.

Embora negue que não tenha pretensões eleitorais e um ano depois de “anunciar que não disputaria mais cargos eletivos”, a ex-prefeita amplamente repudiada por seu bandeamento para o lado dos golpistas, com os quais busca se juntar na “frente ampla” de reabilitação de políticos e partidos do “centrão”, como o PSDB, DEM, PSD, encena uma “suavização” às suas “críticas mais ácidas ao PT” e, supostamente teria passado a “defender a bandeira do “Lula Livre”. ao menos em reuniões fechadas com a esquerda, as quais pretende usar novamente como trampolim eleitoral.

A participação de Marta na empreitada da chamada “frente ampla” não deixa dúvidas sobre seu caráter reacionário. Ela mesma anuncia que quer “colaborar para que a gente possa fazer uma frente ampla como já tivemos no Brasil quando Carlos Lacerda se juntou a João Goulart e Juscelino” e – deixando de lado- seu “desinteresse eleitoral” escancara que “a primeira etapa é a eleição para a prefeitura de São Paulo. Temos que isolar o bolsonarismo. Será um aperitivo para 2022.”

Vale lembrar que a frente por ela citada, foi criada cerca de três anos após a imposição da ditadura militar e foi articulada pelo ex-governador da Guanabara (1960-1965) e apoiador do golpe de 1964, Carlos Lacerda (UDN-GB), quando ele foi alijado das decisões pelos militares, sofria enorme repudio popular por sua posição golpista e diante da decretação do AI-2 pelo marechal-presidente Humberto de Alencar Castelo Branco, em 27 de outubro, que tornou indireta a eleição para presidente, pondo fim às pretensões políticas de Lacerda e de alguns dos seus aliados.

Como a frente da época da ditadura, a atual “frente ampla” em nada serve aos interesses dos trabalhadores e da maioria da população, não se posiciona a favor de nenhum dos direitos fundamentais dos explorados pisoteados pelo regime golpista, com a ajuda de Marta e dos seus aliados do MDB, PSDB,PSD, DEM etc.  É uma frente que serve apenas aos interesses desses e outros abutres que querem impedir que haja uma luta popular contra o governo Bolsonaro e todo o regime golpista, o que ameaçaria enterrar o governo e o regime golpistas e todos aqueles que o apoiaram.

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